Aroldo Alves, autor, em Natal, do proeto que prevê proibir trailers de terros em filmes de gêneros diferentes. Foto: Elpídio Júnior/CMNat

O vereador Aroldo Alves (PSDB) apresentou na última quinta-feira (30) um projeto de lei que propõe proibir trailers de terror em filmes de outros gêneros nos cinemas da capital potiguar. A proposta inclusive prevê multa de R$ 1 mil para quem descumprir a determinação e de R$ 3 mil para quem for pego em reincidência.

O projeto, por si só, se destaca pela peculiaridade da ideia. Mas a justificativa dele, na qual é alegado que “populares têm reclamado da indústria cinematográfica do terror, cujos trailers assustadores invadem as sessões de filmes de outros gêneros”, há um detalhe que tornou essa história quase digna de um curta.

Ao elogiar os cinemas, o texto diz: “A sétima arte é adorada pela maioria da sociedade brasileira, sobretudo pela maioria da sociedade porto-alegrense. E as grandes filas nos cinemas da Capital, bem como a quantidade e a qualidade dos cineastas gaúchos, refletem essa  assertiva”.

Tal qual uma pista esquecida que revela o culpado pelo crime nos filmes de suspense, os termos “porto-alegrense” e “gaúcho”, esquecidos por Aroldo Alves na justificativa do projeto, revelaram que o projeto para proibir trailers de terror em sessões de filmes de gêneros diferentes trata-se, na verdade, de uma cópia: o original foi apresentado na Câmara Municipal de Porto Alegre (RS), em 2015, por um vereador do PT.

Veja abaixo a justificativa:

O projeto original foi apresentado pelo vereador Alberto Kopittke (PT). A notícia sobre a tramitação do projeto, divulgada pela Câmara Municipal de Porto Alegre, foi publicada em novembro de 2015, há 8 anos. E chama a atenção como a justificativa apresentada por Aroldo Alves é exatamente o texto publicado na notícia. Confira:

Em Porto Alegre, após tramitar, o projeto que previa proibir trailers de terror em sessões de filmes de gêneros diferentes foi arquivado em dezembro de 2015. Em Natal, onde o projeto foi apresentado recentemente, ele aguarda ser lido no expediente e deverá tramitar normalmente.

Ainda na justificativa do projeto apresentado em Natal, é alegado que “o presente Projeto de Lei visa a proibição a exibição de trailers de filmes de terror em sessões de filmes de outros gêneros, para evitar transtornos a crianças, adolescentes, jovens, idosos, casais e famílias  que não escolheram assistir a uma sessão de filme de terror e, logo, não merecem acompanhar trailers desse tipo de filme”.

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