Em vídeo, Wendell Lagartixa contou que irmão foi preso por estar portando uma arma. Foto: Reprodução
Em vídeo, Wendell Lagartixa contou que irmão foi preso por estar portando uma arma. Foto: Reprodução

A Justiça da Bahia marcou para a tarde desta segunda-feira (13) a audiência de custódia do policial militar reformado Wendel Fagner Cortez de Almeida, conhecido como Wendel Lagartixa. A prisão dele ocorreu na última sexta-feira (10), em Vitória da Conquista, após a descoberta de uma arma ilegal no veículo em que estava viajando.

Atualmente, Wendel Lagartixa está custodiado em uma unidade prisional de Vitória da Conquista. A audiência de custódia será feita no Núcleo de Prisão em Flagrante (NPF) do Tribunal de Justiça da Bahia (TJBA), na mesma cidade, por volta das 14h. No procedimento, a Justiça decidirá se o potiguar permanecerá preso ou se poderá ser colocado em liberdade.

No último sábado (11), após análise do caso da apreensão da arma, o plantão judiciário do Tribunal de Justiça da Bahia havia convertido a prisão em flagrante em liberdade provisória. No entanto, após comunicação entre o Grupo de Atuação Especial Operacional de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público da Bahia (MPBA) e o Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), o Judiciário decidiu reconsiderar a libertação do policial reformado.

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O juiz Eduardo Ferreira Padilha decretou a prisão preventiva após receber as informações do histórico de inquéritos abertos contra Wendel Lagartixa. O pedido de prisão foi fundamentado na possibilidade “diante do risco concreto de reiteração delitiva”.

“Sem entrar no mérito acerca de outros supostos delitos cometidos pelo autuado, temos que o mesmo, OBJETIVAMENTE, embora tenha cumprido suas penas em 2021, ainda não se passaram os 5 anos de forma a afastar sua REINCIDÊNCIA específica. Assim sendo, há necessidade de decretação da prisão preventiva do investigado como garantia da ordem pública, diante do risco concreto de reiteração delitiva”, detalhou o magistrado.

De acordo com o Relatório Técnico de Análise (RTA) 295/2024, emitido pelo MPRN, Wendel Fagner Cortez de Almeida é apontado como um indivíduo perigoso, com histórico de conduta voltada para a prática de crimes, sendo temido até mesmo por seus familiares.

Segundo o MPRN, Wendel Fagner Cortez é conhecido no cenário potiguar “pela suspeita de orientar, planejar, auxiliar e matar pessoas sobre as quais recaia algum tipo de suspeita de envolvimento com delitos, como roubos, furtos, tráfico e uso de drogas”.

O documento cita diversas investigações, como a participação de Lagartixa na Operação Hecatombe, deflagrada em 2013, quando ele foi denunciado por formação de milícia particular, com características de grupo de extermínio. A ação penal está atualmente na fase de instrução criminal.

A Operação Hecatombe foi deflagrada pela Polícia Federal com o objetivo de desarticular um grupo de extermínio composto por policiais militares e civis suspeitos de crimes de homicídio na Grande Natal.

A defesa de Wendel Lagartixa aponta que o Ministério Público da Bahia quanto o juiz de plantão foram induzidos ao erro pelas informações repassadas pelo Ministério Público potiguar.

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PRISÃO DE WENDEL LAGARTIXA

A prisão

A prisão foi decretada após a Polícia Rodoviária Federal encontrar uma arma de fogo de uso restrito no carro em que Wendel viajava para o Rio Grande do Sul com seu irmão e um amigo. A prisão aconteceu na sexta-feira (10), por volta das 10h50, na cidade baiana de Vitória da Conquista.

Os policiais rodoviários federais abordaram o veículo do policial reformado, com quatro ocupantes. Durante a abordagem, foi questionado se estariam armados, e um dos ocupantes, um cabo da Polícia Militar do Rio Grande do Norte, afirmou que estava com uma pistola. A arma pertencente à Polícia Militar do Rio Grande do Norte.

Já Wendel Lagartixa mencionou a presença de outra arma no interior do carro, encontrada no banco traseiro, sob uma bolsa. Após busca, constatou-se que a arma de fogo encontrada estava irregular, sendo uma pistola calibre 40.

No decorrer da abordagem, Wendel inicialmente admitiu a posse da arma, porém, ao ser informado de que o caso seria apresentado ao delegado, passou a afirmar que a arma pertencia ao seu irmão, motorista do veículo, contando com o apoio dos demais ocupantes para corroborar sua versão.

Com as contradições dos ocupantes do veículo, autoridade policial concluiu que Wendel estava portando a arma, manipulando a situação para atribuir a posse ao seu irmão, o que resultou na ratificação da prisão.

No entanto, Wendel contesta a versão policial, alegando que a arma pertencia ao seu irmão e não a ele. Em um vídeo publicado nas redes sociais, o policial militar reformado se queixou da abordagem policial e menciona possíveis perseguições políticas vindas do Rio Grande do Norte. Apesar de ter inicialmente afirmado que a arma era sua, Wendel teria mudado sua versão ao receber a informação de que o fato seria comunicado ao delegado de plantão.

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