PERFIL
“Muito músculo, mas pouco cérebro”. Foi assim que a deputada federal Joice Hasselmann definiu o senador Styvenson Valentim, na ocasião da troca de farpas causada pela declaração do potiguar a respeito da agressão sofrida pela parlamentar de SP. Styvenson insinuou que Hasselmann tinha apanhado por conta de “chifre” ou “uma carreira (de pó)”. A deputada está processando o senador do RN por injúria, calúnia e difamação e pediu punição do Conselho de Ética do Senado contra ele.
ESPÍRITO MILICIANO
A ‘homenagem’ feita pela Secretaria de Comunicação da Presidência da República pelo Dia do Agricultor, comemorado no último 28 de julho, usando a imagem, comprada da Internet, de um caçador segurando uma espingarda e não um
agricultor portando um de seus instrumentos de trabalho, a enxada, teve enorme repercussão negativa. O jornalista Reinaldo Azevedo, por exemplo, fez críticas severas ao ministro potiguar das Comunicações, Fábio Faria. “A delinquência intelectual e política da Secom atinge o paroxismo com suposta homenagem aos agricultores. Parabéns, Fabio Faria: está se candidatando a chefe do espírito miliciano do Bolsonaro naufragar. Que destino, hein?”, escreveu Azevedo.
REPRESENTANDO
Para Azevedo, Fábio Faria é hoje “uma das vozes mais estridentes do que o governo Bolsonaro tem de pior”. “Este senhor, que se grudou a Lula e a Dilma, em 2014, para eleger Robinson, o pai, governador do Rio Grande do Norte, resolveu se
fazer ideólogo e porta-voz das catacumbas do bolsonarismo”, afirmou o jornalista.
PP EM 2022
Falando em Fábio Faria, ele se filiará ao PP em 2022, tão logo a janela partidária seja aberta. Nos bastidores, a avaliação é de que a filiação de Fábio, que entrou na corrida para ser o vice de Bolsonaro, é mais um passo para o alinhamento de todo o núcleo do presidente ao Centrão. Afinal de contas, a partir de agora, o governo federal passa a ser orquestrado por Ciro Nogueira, o novo chefe da Casa Civil e presidente nacional do PP.
ATENTA
Quando o assunto é acionar a Justiça contra possíveis crimes cometidos por políticos e aliados bolsonaristas, a deputada federal do RN Natália Bonavides chama a atenção. É uma das mais atuantes no Congresso Nacional nesse ‘quesito’. A última ação da potiguar foi pedir ao Supremo Tribunal Federal para que o ministro da Defesa Walter Braga Netto seja investigado por crime de responsabilidade, por ter condicionado a realização das eleições 2022 à aprovação do que eles chamam de “voto auditável”.
