Foto: Danilo Lemes

Uma aluna de medicina da Universidade de São Paulo (USP) está sendo acusada por colegas de desviar aproximadamente R$ 927 mil da poupança da turma, quantia que seria usada para a formatura dos futuros médicos no fim deste ano. De acordo com a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a suspeita de 25 anos é investigada por apropriação indébita.

Na última terça-feira (10), um dos colegas de turma da moça registrou um Boletim de Ocorrência em uma delegacia da capital paulista. Segundo o rapaz, ele e os demais alunos descobriram o ocorrido somente no dia 6 de janeiro deste ano, quando a própria aluna teria contado para os colegas, em um grupo no WhatsApp, que o dinheiro da formatura havia sido perdido.

Ela detalhou que transferiu a quantia para uma conta pessoal e aplicou, em setembro de 2021, R$ 800 mil em uma corretora de investimentos chamada Sentinel Bank, que a teria enganado e ficado com o dinheiro. O resto do dinheiro, ela afirma que usou para pagar advogados na tentativa de recuperar o valor. 

No entanto, a comissão de formatura afirma que, de toda a história contada pela suspeita, o único fato que tem certeza é a transferência do montante guardado sob custódia da empresa ÁS Formaturas para uma conta pessoal dela. “Ainda estamos averiguando em que contexto foram realizadas as transferências”, informou a comissão em nota.

Em comunicado a professores do curso, a diretoria da Faculdade de Medicina da USP disse que foi informada que “a Comissão de Formatura e, portanto, os alunos aderentes à formatura da Turma 106.ª, foram vítimas de fraude após investimento do recurso arrecadado para organização das festividades de celebração, que ocorrerá ao final de 2023. Os fatos estão sendo apurados, buscando-se identificar os responsáveis pela fraude e a Diretoria está apoiando na orientação aos alunos envolvidos”.

Estelionato em lotérica

Além do caso da turma de medicina, a estudante acusada também é investigada por lavagem de dinheiro e estelionato em uma lotérica na Vila Mariana, na zona sul de São Paulo. Em julho de 2021, foi aberto um BO contra ela no Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), de São Bernardo do Campo.

De acordo com a SSP, uma representante da lotérica compareceu ao Deic e relatou que a mulher vinha realizando apostas em valores altos diariamente, sempre pagos por meio de transferência via Pix.

No dia 12 de julho, no entanto, “a mulher teria deixado um prejuízo de R$ 192.908,47, após ter feito o agendamento do valor via Pix, sem pagar efetivamente pelas apostas que realizou”.

O caso foi registrado como lavagem de dinheiro e estelionato e é investigado pelo Deic.

Com informações do jornal O Estado de S. Paulo.