Polícia Civil
Viatura da Polícia Civil – Foto: Carlos Azevedo/NOVO Notícias

Uma mulher de 35 anos foi presa em flagrante na última terça-feira (31), na zona Norte de Natal, por denunciação caluniosa, falsidade ideológica, falsificação de documentos públicos, apropriação indébita e dano, crimes praticados em desfavor do seu ex-marido.

De acordo com a Polícia Civil, a prisão aconteceu após ela procurar a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) para “retirar a queixa”, antes registrada em desfavor do ex-companheiro, ocasião em que o acusou de descumprir as Medidas Protetivas de Urgência, decretadas pela Justiça.

Em razão da falsa acusação, foi decretada a prisão contra o homem. Um Inquérito Policial contra a mulher foi instaurado logo após seu ex-companheiro informar à Polícia Civil que a autora da denúncia teria se apropriado do aparelho celular e outros pertences, além de ter quebrado móveis em sua residência, causando-lhe danos.

O ex-marido percebeu que, de posse do celular dele, a acusada havia desviado seu salário por meio do aplicativo do banco. Sendo assim, ele se deslocou novamente até a delegacia para registrar um novo Boletim de Ocorrência acerca do novo crime, ocasião em que foi cumprido em seu desfavor o mandado de prisão em aberto, referente à falsa acusação de descumprimento das Medidas Protetivas de Urgência.

Ainda no decorrer das investigações, a suspeita fingiu ser uma irmã gêmea, e passou a entrar em contato com a irmã do ex-companheiro, dizendo ser a irmã gêmea da autora dos crimes e que ela havia morrido. Dessa forma, a mulher forjou uma mudança visual, editando foto com alteração da cor do cabelo, colocando óculos e lentes de contato, falsificou certidão de nascimento de gêmeas e sua própria certidão de óbito. Além disso, ela se deslocou até a delegacia para “retirar a queixa” do descumprimento de Medidas Protetivas de Urgência (MPUs) e, assim, ajudar o ex-companheiro.

Após lhe ser dada voz de prisão, a mulher foi interrogada e confessou toda a história criada para prejudicar seu ex-companheiro, exceto a apropriação do aparelho celular, sendo encaminhada à audiência de custódia. Na audiência de custódia, o juiz deferiu a representação elaborada pela autoridade policial pela conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, sendo a mulher encaminhada ao sistema prisional, onde permanecerá à disposição da Justiça.