IFRN
Foto: Divulgação

Os servidores dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia de todos os estados do Brasil aprovaram, durante a 187ª 187ª Plenária Nacional realizada nos dias 16 e 17 deste mês, na sede do Sindicato Nacional dos Servidores Federais da Educação Básica, Profissional e Tecnológica (Sinasefe), em Brasília (DF), um indicativo de greve para o próximo dia 3 de abril, e que deve afetar o funcionamento dos mais de 20 campi em funcionamento no Rio Grande do Norte.

O indicativo de greve foi aprovado de forma unânime e contou com a participação de representação da unidade de Natal do Sinasefe, através do servidor Shilton Roque, do IFRN Campus Natal-Centro Histórico, e da diretora de Aposentados, Sônia Moura.

Servidores IF greve
Indicativo de greve nos IFs foi aprovado durante a 187ª Plenária Nacional do Sinasefe – Foto: Divulgação/Senasefe

De acordo com o diretor de Formação Política do Sinasefe RN, Francisco Dias, as reivindicações são múltiplas e uma delas é recomposição salarial dos servidores. “Os docentes passaram quatro anos sem reajustes e os técnicos administrativos passaram seis, acarretando em perdas no poder de compra significativas de mais de 30%”, justifica Dias.

Leia também: 

A questão salarial também é afetada pela defasagem na estruturação das carreiras, que também está na pauta de reivindicações dos servidores do IFRN.

“Outra questão é a necessidade de reestruturação nas carreiras de técnicos e docentes, que também trás grandes distorções nos salários, sendo que os técnicos administrativos tem os salário mais baixos do executivos, e isso tem ocasionado uma saída em muito grande na categorias dos TAES, tanto para iniciativa privada, quanto para outras carreiras”. explica Francisco Dias.

Um terceiro ponto que os servidores requerem atenção é com relação aos auxílios pagos. A intenção da categoria é conseguir equiparar os valores aos de outras categorias do funcionalismo público federal, como servidores dos poderes legislativo e judiciário.

Em resumo, as reivindicações são as seguintes:

  • Recomposição salarial de 34,22% para os TAES e 22,71% para os docentes;
  • Equiparação nos auxílios;
  • Reestruturação das carreiras dos técnicos e docentes.

Segundo Francisco Dias, essas são as reivindicações com impacto financeiro, no entanto, uma outra demanda, não menos importante, também está posta à mesa de negociações. “Outra questão que também vem sendo discutida é a reestruturação do orçamento que tem sofrido cortes nos últimos governos”.

Governo propôs reajuste zero para 2024

Em resposta as reivindicações dos servidores, em uma reunião para negociações realizada ainda no ano passado, o Governo Federal propôs reajuste zero para este ano, mais aumentos nos auxílios para R$ 1000,00 no alimentação, R$ 215,00 no saúde e R$ 484,90 no creche. Atualmente esses benefícios são pagos nos valores de R$ 658,00, R$ 144,00 e R$ 321,00 respectivamente.

Por fim, a proposta apresentada pelo governo também previa reajuste salarial nos anos de 2025 e 2026, no valor de 4,5%.

O diretor do Sindasefe destaca que as propostas apresentadas não é suficiente para atender as necessidades dos servidores que sofrem há anos com a defasagem de salários e benefícios.

“Essas medidas não atendem todo categoria, uma boa parte não tem mais plano de saúde por não conseguir pagar”, diz Francisco Dias.

______________________________________________________________________________________________

Quer receber notícias úteis, relevantes, informativas e divertidas?

➡️ Assine gratuitamente a Comunidade do NOVO no Whatsapp.
➡️ gratuitamente o Canal de Notícias no Telegram.
➡️ Siga o NOVO Notícias no Twitter.

______________________________________________________________________________________________