Cratera - Rua Mirassol - Chuva
Cratera foi aberta após fortes chuvas em julho passado. Recuperação custou R$ 3 mi – Foto: Dayvissom Melo/NOVO Notícias

A Prefeitura do Natal vai gastar R$ 40 mil com prevenção a desastres naturais em 2023. A informação está no orçamento municipal publicado no último dia 19. O valor corresponde a 1% do que foi gasto com a reconstrução da Rua Mirassol, em Felipe Camarão, na Zona Oeste da capital, que foi destruída por uma cratera que se formou após as fortes chuvas de julho passado.

Em 2023, os efeitos da chuva já foram sentidos em diversas regiões de Natal. Uma cratera se abriu na Rua Gutemberg Freire, no bairro Nordeste, na Zona Oeste, após o intenso período chuvoso dos últimos dias.

De acordo com a Secretaria Municipal de segurança Pública e Defesa Social (Semdes) de Natal, o investimento previsto não se reduz apenas ao valor apontado no orçamento municipal, no entanto, não informa qual a previsão de investimentos.

“Segundo o Plano de contingência da Prefeitura do Natal, cada secretaria desempenha papeis nas fases de prevenção ao desastre, e caso ocorra, durante e depois do desastre. Então, cada pasta tem ações que são também ações de prevenção”, diz a assessoria da Semdes, que completa: “como planejamento para 2023, as pastas do município já começam a se alinhar para deixar seus planos de ações e contratos necessários já prontos para as respostas, caso sejam necessários”.

A expectativa da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn) é que os volumes pluviométricos sigam entre o “normal” e “acima do normal” ao longo do primeiro trimestre no RN. As chuvas decorrem da associação entre o aquecimento das águas superficiais do Oceano Atlântico com o fenômeno La Niña ainda atuando sobre o território potiguar. No mês de dezembro, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou chuvas em Natal 21% acima da média entre 1991 e 2020.

De acordo com o orçamento municipal de 2023, a capital potiguar terá R$ 40 mil para fortalecer ações preventivas de “socorro, assistências e reconstrutivas, destinadas a evitar ou minimizar os desastres naturais e incidentes humanos de natureza tecnológica”. Deste total, a Defesa Civil terá R$ 20 mil para material de consumo, R$ 10 mil para contração de serviços e outros R$ 10 mil para a compra de equipamentos e material.

Em julho de 2022, o prefeito Álvaro Dias decretou estado de calamidade em Natal por conta dos estragos gerados pelas fortes chuvas que caíram sobre a cidade. O decreto autorizou a convocação de voluntários para reforçar as ações de resposta ao desastre e realização de campanhas de arrecadação de recursos junto à comunidade.

Por conta dos estragos na Rua Mirassol, a Defesa Civil Nacional garantiu R$ 2,2 milhões para a reconstrução da via pública. Além do montante, a obra contou com contrapartidas do município, para que a soma total chegasse aos R$ 3 milhões. O local foi destruído por uma cratera que se abriu após fortes chuvas castigarem o local no mês de julho do ano passado.

Os recursos foram empregados em obras de reparo do trecho erodido, que consistiu em reaterro, além de reconstrução da rede de drenagem pluvial e de trecho de adutora de abastecimento de água, que foi interrompido. Também serão realizadas obras de repavimentação.

Segundo a Semdes, a proximidade das chuvas já acendeu o alerta na administração municipal. “Em reunião – no último dia 19 – que tratou sobre as obras do município com os secretários, o prefeito Álvaro Dias, lembrou aos presentes sobre a proximidade das chuvas e cobrou novamente as ações de limpeza e manutenção das lagoas, relembrando sempre a importância da integração e união de esforços entre as pastas”, conta.

Levantamento avaliou situação de lagoas em Natal

No fim do ano de 2022, a Defesa Civil de Natal realizou um levantamento para avaliar a situação de cada uma das 56 lagoas de captação existentes na cidade. Órgãos competentes foram enviados aos equipamentos para auxiliar no manejo, limpeza e manutenção, de acordo com as situações de risco de cada uma.