Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, terá de explicar fuga do presídio de Mossoró a deputados. Fotos: Jamile Ferraris/MJSP
Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, terá de explicar fuga do presídio de Mossoró a deputados. Fotos: Jamile Ferraris/MJSP

A Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (19), convite para o comparecimento do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, para prestar esclarecimentos sobre a fuga de detentos do presídio federal de Segurança Máxima em Mossoró (RN).

A fuga completou nesta terça-feira 35 dias. Vários requerimentos de convocação do ministro constavam na pauta do colegiado. O presidente da comissão, deputado Alberto Fraga (PL-DF), no entanto, sugeriu a transformação das convocações em convite. Segundo ele, o instrumento da convocação deve ser utilizado caso o ministro se negue a comparecer.

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As buscas por Deibson Cabral Nascimento e Rogério da Silva Mendonça, fugitivos do presídio federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, completaram um mês na quinta-feira (14) sem que os dois tenha sido recapturados. Mais de 600 agentes de segurança (entre policiais militares, civis, federais, penais e rodoviários federais, além da Força Nacional) estão envolvidos nas buscas, que contam ainda com cães farejadores, helicópteros, drones e ainda homens especializados em rastreamento.

Os custos dessa operação ainda não foram divulgados pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Na quarta-feira, um dia antes da fuga do presídio completar um mês, o ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, esteve em Mossoró pela segunda vez e afirmou acreditar que Tatu e Martelo ainda estão na área. Segundo ele, essa crença se baseia em indícios passados pela equipe que comanda as buscas.

Especialistas afirmam que, em que pese os obstáculos geográficos do local (zona rural, presença de grutas, estradas vicinais), a dificuldade para encontrar os fugitivos de Mossoró dentro de um mês preocupa e indica falhas na execução dos trabalhos das forças de segurança.

Eles alertam também que, quanto mais o tempo passa, mais difícil fica prender novamente os dois fugitivos. “À medida que os dias vão passando e não há sinais de que eles não estão perto de serem capturados, eu confesso que fico mais cético e aumentam as probabilidades deles se tornarem foragidos por muito mais tempo do que desejamos”, diz Luís Flávio Sapori, sociólogo e professor da PUC Minas.

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