O pedido de busca e apreensão na Control-RN e que incluiu o secretário de Administração do Estado, Pedro Lopes, e a servidora pública Francisca Dionalva Pereira Camelo, não contou com a concordância do Ministério Público do Rio Grande do Norte.

Em parecer, a pedido da Justiça, o ex-procurador de Justiça, Eudo Rodrigues Leite, que hoje atua na 46ª Promotoria de Defesa do Patrimônio Público, foi contra o deferimento do pedido de busca e apreensão que resultou na operação realizada na quarta-feira (8) pelo Departamento de Combate a Corrupção e a Lavagem de Dinheiro (DECOR-LD) da Polícia Civil.

Na decisão que concedeu a medida, a juíza Severina Lena Ricardo da Rocha informa que o representante do Ministério Público “opinou pelo indeferimento dos pleitos”. Segundo ela, o promotor argumentou “ser imperioso o aprofundamento das investigações, até que haja elementos mínimos a embasar a deflagração de medidas tão graves, como as por ora pleiteadas.”

Ainda no relatório, a juíza informou que Eudo Rodrigues Leite observou que “acaso sejam modificadas as circunstâncias fáticas dos autos, que sejam realizados novos pedidos, para subsequente exame do Ministério Público Estadual.”

Mesmo com o parecer do MPRN, a juíza decidiu conceder em parte o pedido formulado pela Decor-LD. A investigação apura o suposto desvio de máscaras e mantimentos visando, em tese, o benefício eleitoral a Pedro Lopes. Ele nega as acusações e critica a delegada do caso.

Em nota, ele negou as acusações e criticou a atuação da delegada que conduziu a operação. A investigação que motivou a busca e apreensão na Control-RN se concentra em fatos que teriam ocorrido em 2020, durante a execução dos Programas “RN Chega Junto” e “RN + Protegido”, que consistiam na distribuição de máscaras e alimentos à população. Eram ações visando a proteção contra a covid e de promoção de ações de segurança alimentar.

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