Governadora Fátima Bezerra – Foto: Carlos Azevedo / Novo Notícias

SILÊNCIO

A governadora Fátima Bezerra está muito silenciosa em relação ao cenário político de sua sucessão. Faz certo. Faz errado quando silencia sobre situações que envolvem o Governo. Às vezes, o silêncio do governante alimenta uma mentira que pode se transformar em verdade.

SILENCIOSA, MAS NO MEIO DO MUNDO

Sem dar brecha para polemizar com Benes Leocádio, a governadora retomou as viagens pelo interior do estado. Desde a última quinta-feira faz peregrinação pelo Oeste potiguar. Quando retornar deve passar um ou dois dias em Natal e segue para mais alguns dias no Seridó.

ROGÉRIO SEMPRE JOGANDO

Articulando a candidatura do Deputado Federal Benes Leocádio, Ministro Rogério Marinho jogou o xadrez da política novamente rachando com “aliados”. Em 2002, Rogério deu um duro golpe na presidente do PSB, ex-governadora Wilma de Faria, e filiou mais de duas mil pessoas ligadas a ele no partido da “Guerreira”. A jogada era para garantir a indicação de Rogério, em votação convencional, como candidato a prefeito de Natal.

O XEQUE-MATE

Mas a jogada de Marinho foi derrubada no tapetão. Por ordem judicial, os filiados por Marinho não puderam votar. Pouco mais de 1 mil filiados ao PSB, a maioria liderada por Wilma de Faria, puderam votar. Rogério não conseguiu ser candidato. E o PSB decidiu apoiar Fátima Bezerra na eleição municipal de 2008.

MUDANÇA

O fato do presidente Bolsonaro ter valorizado o Centrão ao levar Ciro Nogueira para o Palácio, animou o ministro Fábio Faria a se filiar no PP e até ver seu nome ventilado como vice na chapa do presidente. Na verdade, apesar de ser um fiel defensor do Governo, Fábio Faria não agrega nada ao projeto de reeleição do presidente. Ele já é do grupo; é necessário somar para fortalecer.

RECEITA CASEIRA

Uma alternativa para Fábio Faria conseguir montar uma chama e ser candidato ao Senado é dividir de vez a oposição. Desde o final do ano passado que o PSD, partido de Fábio e do pai dele, ex-governador Robinson Faria, já incentivavam o prefeito de Ceará Mirim, Júlio César (PSD), a ser candidato ao governo. Ou o grupo se recompõe ou o ministro das comunicações vai de dobradinha caseira