A Polícia Federal (PF) concluiu nesta quarta-feira (18) uma investigação acerca das atividades do deputado General Girão (PL-RN) após a derrota de Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022. O inquérito aponta que o parlamentar estimulou ações golpistas por meio de suas redes sociais, onde atacou o Supremo Tribunal Federal (STF), levantou suspeitas sobre a segurança das urnas e defendeu uma intervenção das Forças Armadas.

O delegado federal Víctor Emmanuel Menezes, responsável pelo inquérito, enviou o relatório final ao STF. Ele destacou que os crimes estão comprovados, afirmando que o representado continuou a acusar fraudes no processo eleitoral e a desonestidade do Poder Judiciário, incitando seus seguidores a protestar por intervenção das Forças Armadas.

A decisão sobre os próximos passos fica agora a cargo do ministro Alexandre de Moraes, relator do caso. A Procuradoria-Geral da República (PGR) também será acionada para avaliar a possibilidade de apresentar denúncia.

A investigação da PF reuniu diversas publicações feitas pelo deputado nas redes sociais entre novembro de 2022 e janeiro de 2023. Entre essas postagens, constam críticas contundentes aos ministros do STF e elogios aos militares. O deputado acusou o ministro Alexandre de Moraes de abuso de poder, alegando que tentou criminalizar manifestações democráticas.

Em nota, o deputado estadual General Girão destaca que, pela terceira vez consecutiva, a justiça divulga os andamentos do processo para a imprensa “antes mesmo de intimar oficialmente a parte envolvida, como deveria ser feito de acordo com a Lei brasileira”.

Além disso, ele confirma seu depoimento constante no relatório da Polícia Federal, sendo apenas mais uma etapa do processo.