O Brasil registrou neste sábado (07) o melhor dia de sua história nos Jogos Paralímpicos, conquistando 16 medalhas, sendo 6 ouros, 3 pratas e 7 bronzes. O destaque foi o judô, que garantiu três ouros, uma prata e um bronze, impulsionando o país para um total de 86 medalhas nesta edição. Com isso, o Brasil supera os recordes anteriores, tanto em número total de medalhas, 72, quanto em ouros, que agora somam 23, ultrapassando os 22 de Tóquio 2021.
O desempenho consolidou o Brasil no Top 6 do quadro geral de medalhas, atrás apenas de China, Grã-Bretanha, Estados Unidos, Holanda e Itália, marcando o melhor resultado do país na história dos Jogos Paralímpicos. Até então, a sétima posição em Tóquio 2021 era o maior feito.
As atletas femininas foram responsáveis por mais da metade das medalhas brasileiras, com 12 dos 23 ouros. No total, as mulheres conquistaram 42 das 86 medalhas. A campanha vitoriosa contou com pódios em 12 das 20 modalidades disputadas pela delegação nacional, incluindo estreias no pódio em esportes como badminton, tiro esportivo e triatlo.
Além disso, o Bolsa Atleta, programa do Governo Federal, esteve presente em 97,8% dos atletas brasileiros em Paris, incluindo todos os medalhistas. Essa política pública tem sido crucial para o desenvolvimento do esporte paralímpico no Brasil.
O judô foi o grande destaque do dia, com o Brasil dominando o quadro de medalhas da modalidade. No total, foram oito pódios, sendo quatro ouros, duas pratas e dois bronzes. Entre os atletas premiados, o judoca Wilians Araújo, da Paraíba, conquistou sua primeira medalha de ouro após derrotar o moldavo Ion Basoc por ippon. Emocionado, Wilians dedicou o feito à sua família e falou sobre a superação pessoal.
Arthur Silva, do Rio Grande do Norte, também garantiu ouro ao vencer a final da categoria até 90kg. Em sua terceira participação paralímpica, Arthur celebrou a conquista inédita, agradecendo a todos que o apoiaram em sua trajetória.
A paulista Rebeca Silva, estreante em Jogos Paralímpicos, confirmou seu favoritismo e levou o ouro na categoria acima de 70kg. Ela derrotou a cubana Sheyla Hernandez Estupinan na final, consolidando sua posição como número 1 do ranking mundial.
No atletismo, Rayane Soares conquistou ouro nos 400m T13, com novo recorde mundial e paralímpico, completando a prova em 53s55. Já Jerusa Geber, com 42 anos, venceu os 200m T11, unificando os títulos de 100m e 200m, e comemorou sua sétima medalha paralímpica.
Outras conquistas importantes incluíram o bronze de Paulo Henrique dos Reis no salto em distância T13, a prata de Ricardo Mendonça nos 200m T37 e o bronze de Christian Gabriel na mesma prova. O dia ainda viu Mariana D’Andrea se consagrar bicampeã paralímpica no halterofilismo até 73kg, com novo recorde paralímpico.
Esses resultados históricos consolidam o Brasil como uma potência no esporte paralímpico mundial, com perspectivas de novos recordes nas próximas edições dos Jogos.