Tuta, apontado como substituto de Marcola no PCC, é preso pela PF na Bolívia
A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira (16) em Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, Marcos Roberto de Almeida, conhecido como “Tuta”, apontado como o novo líder máximo da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A prisão ocorreu com apoio da Fuerza Especial de Lucha contra el Crimen boliviana.
De acordo com as autoridades, Tuta se identificava como Maycon Gonçalves da Silva e foi detido por uso de documento falso em um centro comercial. Ele permanece sob custódia na Bolívia, aguardando confirmação de identidade e possível extradição para o Brasil, onde responde por diversos crimes.
Considerado o sucessor direto de Marcola no comando do PCC, Tuta assumiu a liderança da facção após a transferência do antigo líder para um presídio federal em 2019. Ele já tinha sido condenado a 12 anos e seis meses de prisão por organização criminosa e responde a outros processos por lavagem de dinheiro e comando do tráfico.
Em 2020, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) o identificou como parte da “Sintonia Final da Rua”, a cúpula do PCC. Na época, ele teria assumido um cargo falso como “adido consular” de Moçambique em Belo Horizonte para circular livremente entre países.
A prisão de Tuta é um desdobramento da Operação Sharks, deflagrada em 2020 para desarticular a nova liderança do PCC. Na ocasião, o MP-SP revelou um organograma com 21 integrantes da cúpula, incluindo Tuta e três responsáveis pelo braço financeiro da facção, que movimenta cerca de R$ 100 milhões por ano.
Durante a operação, foram apreendidos:
✔ Armas e explosivos (incluindo TNT)
✔ Carros de luxo e mais de R$ 100 mil em dinheiro vivo
✔ Documentos falsos ligados a negócios ilícitos
Contexto:
Marcola, preso desde 2019, continua a comandar parcialmente o PCC de dentro do sistema prisional federal. Tuta era seu principal “homem de confiança” nas ruas, responsável por gerenciar o tráfico internacional e lavagem de dinheiro.
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