Trump volta a atacar Europa e pressiona aliados sobre migração e guerra na Ucrânia. | Foto: Reprodução
Em entrevista, presidente dos EUA afirma que Londres e Paris “não são mais viáveis” e cobra maior atuação europeia na defesa e nas negociações de paz
Publicado 9 de dezembro de 2025 às 16:45
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou que a Europa está “em declínio” e tem lideranças “débeis”. A afirmação foi feita em entrevista ao jornal Politico, divulgada nesta terça-feira (9). Ele disse que cidades como Londres e Paris “já não são viáveis” devido ao aumento da migração.
Segundo Trump, os países europeus “não sabem o que fazer” para controlar a entrada de estrangeiros. O republicano já havia feito críticas semelhantes durante a Assembleia Geral da ONU, quando afirmou que o continente foi “invadido” por imigrantes por causa do que chamou de “politicamente correto”.
Trump voltou a cobrar que os europeus assumam mais responsabilidades com os gastos de defesa. Ele questionou a capacidade dos aliados de enfrentar a crise migratória e de resolver a guerra entre Rússia e Ucrânia.
O presidente dos EUA afirmou ter enviado à Ucrânia uma proposta de paz e criticou o presidente Volodimir Zelensky pela demora em negociar. Trump disse que “muita gente está morrendo” e atribuiu parte das dificuldades ao fato de que “Putin e Zelensky se odeiam”.
Para ele, a Rússia tem “a posição mais forte” na guerra por ser “um país muito maior”. Trump também afirmou que a Ucrânia está “perdendo território” e chegou a questionar a legitimidade democrática do país, dizendo que não há eleições “há muito tempo”.
O presidente norte-americano também comentou a situação na América Latina. Ele declarou que Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, tem “os dias contados” e não descartou enviar tropas ao país. O governo dos EUA já havia deslocado o porta-aviões USS Gerald R. Ford para perto da costa venezuelana, justificando a ação como parte do combate ao tráfico de drogas.
Trump ainda citou o presidente da Argentina, Javier Milei, como exemplo de sua “influência internacional”. Segundo ele, Milei “estava perdendo” as eleições de meio de mandato e só venceu “por uma margem enorme” após ajuda dos EUA.
Ele lembrou que seu governo promoveu um swap cambial — troca de moedas entre dois países para garantir acesso imediato a dólares — para aliviar a crise econômica argentina e ajudar o país a honrar compromissos internacionais.
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