Donald Trump, ex-presidente dos EUA – Foto: Tia Dufour/Official White House

O ex-presidente Donald Trump se aproxima da indicação a candidato do partido Republicano na corrida pela presidência dos Estados Unidos. No sábado, ele dobrou a contagem de delegados após vencer a sua única rival, Nikki Haley, em três Estados: Idaho, Missouri e Michigan.

O ex-presidente conquistou todos os delegados que estavam em disputa no dia, sendo 32 em Idaho, 51 no Missouri e 39 em Michigan. Com isso, dobrou a contagem de 122 para 244 em um único dia. Haley, por outro lado, continua com os mesmos 24 delegados. São necessários 1.215 para conquistar a nomeação.

Os resultados deste sábado refletem o favoritismo de Donald Trump às vésperas da Superterça, em 5 de março, quando 16 Estados realizam primárias simultâneas.

O último enfrentamento entre Trump e Haley antes da Superterça ocorre neste domingo, quando são esperados os resultados no Distrito de Columbia. A votação está em andamento desde a sexta-feira.

O reduto democrata é considerado a melhor oportunidade para Nikki Haley, que se apresenta como uma alternativa à Trump e tenta conquistar os republicanos mais moderados. Ela tem amargado uma séria de derrotas, inclusive no seu Estado natal, a Carolina do Sul, e em New Hampshire, onde o perfil do eleitorado era considerado mais favorável.

Ao mesmo tempo em que avança para conquistar a nomeação republicana, Trump apareceu com cinco pontos de vantagem sobre Joe Biden em pesquisa do New York Times para a eleição presidencial de novembro. O republicano tem 48% das intenções de voto enquanto o democrata aparece com 43%.

Os resultados acendem um alerta na campanha de Biden: 47% dos americanos reprovam seu governo (número mais alto registrado em qualquer outro levantamento do NYT durante a presidência). E apenas um em cada quatro americanos acredita que os EUA estão na direção certa.

Enquanto os eleitores democratas se mostram divididos sobre a perspectiva de mais um governo Biden, Trump tem conseguido, pelo menos até aqui, consolidar o voto republicano em torno de si. Isso mesmo acumulando uma série de problemas com a Justiça.

Em 25 de março, ele será o primeiro ex-presidente da história americana a enfrentar julgamento em uma ação criminal, a suposta compra de silêncio da atriz pornô Stormy Daniels. Só nesse caso, Trump é alvo de 34 acusações relacionadas às manobras fiscais durante a campanha para esconder o pagamento de US$ 130 mil a Daniels em 2016.

O líder republicano responde ainda pelos documentos secretos encontrados na mansão de Mar-a-Lago, Flórida, e mais dois processos relacionados à tentativa de reverter a derrota para Joe Biden na eleição de 2020 (um movido pelo Departamento de Justiça, outro no Estado da Georgia).

Isso além das ações civis, como as que envolvem o seu império empresarial, a Trump Organization, e a jornalista E. Jean Carroll, que o acusa de tê-la estuprado na década de 1990. Nesse último caso, o republicano já foi declarado culpado por agressão sexual e difamação em dois julgamentos separados.

Apesar disso, 97% dos americanos que votaram em Trump há quatro anos pretendem repetir a escolha, mostrou a pesquisa do New York Times. Em contraste, Biden mantém 83% dos eleitores de 2020 e 10% daqueles que já o escolheram uma vez pensam em votar no líder republicano agora.

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