Cotidiano

“Tio Paulo”: idoso levado morto a banco é enterrado no Rio de Janeiro

Corpo de Roberto Braga, de 68 anos, foi sepultado na manhã deste sábado, no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste

por: NOVO Notícias

Publicado 20 de abril de 2024 às 14:53

Sob forte comoção dos parentes, que realizaram uma corrente de oração, o corpo do idoso Paulo Roberto Braga, de 68 anos, levado por Erika de Souza Vieira Nunes a uma agência bancária na última terça-feira para fazer um empréstimo de R$ 17 mil, foi sepultado na manhã deste sábado, no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste. Paulo foi velado na capela 1 do local, e a cerimônia durou cerca de 40 minutos.

O episódio ganhou repercussão após a divulgação de um vídeo, gravado por funcionários da agência, que mostra o momento em que a sobrinha de Paulo Roberto, Érika de Souza Vieira Nunes, tenta liberar um empréstimo de R$ 17 mil na frente do corpo do idoso. Érika está detida sob a acusação de tentativa de furto mediante fraude e vilipêndio de cadáver.

A defesa de Érika alega que Paulo Roberto chegou vivo ao banco, contradizendo a versão da polícia, que afirma que ele já estava morto. Imagens de câmeras de segurança de um shopping próximo ao banco e da entrada da agência mostram o idoso aparentemente desacordado.

Testemunhas, como um motorista de aplicativo e um mototaxista, afirmam que o idoso estava vivo ao entrar no veículo que os conduziu até o local. No entanto, o laudo do Instituto Médico Legal (IML) indica que Paulo Roberto faleceu entre 11h30 e 14h30, devido a broncoaspiração de conteúdo estomacal e falência cardíaca. O médico do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) que atendeu o idoso no banco relatou a presença de livores cadavéricos na parte posterior de sua cabeça, indicando que ele não teria morrido sentado, como alegado por Érika.

A Polícia Civil segue investigando o caso, incluindo a suspeita de que Érika tenha tentado obter empréstimos em outros três bancos diferentes. Na quinta-feira (18), a advogada que representa Érika entrou com um pedido de habeas corpus na 2ª Vara Criminal de Bangu, solicitando que ela aguarde em liberdade durante as investigações.

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