O Tribunal de Contas da União (TCU) investiga o sigilo de cinco anos imposto aos gastos relacionados ao voo da Força Aérea Brasileira (FAB) que trouxe a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, ao Brasil. O processo, aberto a pedido da deputada federal Caroline de Toni (PL-SC), corre em sigilo e sem documentos públicos, segundo informações divulgadas pelo UOL nesta quinta-feira (3).
Heredia chegou ao Brasil em 16 de abril após receber asilo diplomático do governo brasileiro. Ela e o marido, o ex-presidente peruano Ollanta Humala, foram condenados a 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro em caso ligado à Operação Lava Jato. Enquanto Humala cumpriu a pena no Peru, Heredia não compareceu ao julgamento e buscou refúgio na embaixada brasileira em Lima, alegando motivos humanitários e perseguição política.
A deputada Caroline de Toni já havia questionado publicamente a decisão do governo, especialmente após o ministro Ricardo Lewandowski, então à frente da Justiça, justificar o asilo como uma “questão humanitária”. Em publicação no X (antigo Twitter), a parlamentar contrastou o tratamento dado a Heredia com a situação dos presos após os atos de 8 de janeiro de 2023.
O TCU ainda não divulgou detalhes sobre os valores envolvidos no transporte de Heredia ou os motivos para o sigilo dos documentos. A investigação ocorre em meio a críticas sobre transparência e uso de recursos públicos em ações diplomáticas.
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