O Glaucoma é considerado a principal causa de cegueira irreversível no Brasil e no mundo. De acordo com a Associação Mundial do Glaucoma, cerca de 4,5 milhões de pessoas no mundo são cegas por causa da doença. No Rio Grande do Norte, o número de pessoas afetadas pode chegar a 50 mil. No Brasil, a Sociedade Brasileira do Glaucoma (SBG) estima que o Glaucoma possa afetar até 2,5 milhões de pessoas com mais de 40 anos.
Diante desse cenário preocupante, foi criada a campanha Maio Verde, que visa conscientizar a população sobre a importância da prevenção e detecção precoce da doença ocular, que pode causar a cegueira, se não for tratada a tempo.
De acordo com o oftalmologista Jaime Martins, especialista em Glaucoma, 80% dos casos não apresentam sintomas no início da doença. “Glaucoma não tem cura, mas, na maioria dos casos, pode ser controlada com tratamento adequado e contínuo. Quanto mais precoce for o diagnóstico, maiores serão as chances de se evitar a perda da visão. Por isso, a consulta regular ao oftalmologista é indispensável, pois o Glaucoma é uma doença silenciosa que pode levar à cegueira irreversível”, explica.
Além disso, pessoas com histórico familiar, hipertensão arterial e diabetes têm maior risco de desenvolver a doença, e devem consultar o especialista independentemente da idade. Nos casos mais avançados da doença, os “sinais” aparecem. Dentre os sintomas da doença estão a perda gradual da visão lateral, dor forte e súbita em um dos olhos, visão embaçada, olhos vermelhos e inchados, náuseas e vômitos, dores na testa, lacrimação e sensibilidade à luz.
O Glaucoma pode ser detectado somente com o exame oftalmológico cuidadoso, no qual o oftalmologista mede a pressão intraocular e examina o fundo de olho. Exames complementares como campo visual e tomografia de coerência óptica (OCT) auxiliam no diagnóstico.
Caso a doença seja detectada, o tratamento pode consistir no uso de colírios que diminuem a pressão intraocular, laser ou cirurgia. No entanto, o dano já estabelecido não pode ser revertido, por isso é fundamental a detecção precoce.
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