Desemprego alcança 8,2 milhões de pessoas, o menor número desde abril de 2015. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

No quarto trimestre de 2023, o Rio Grande do Norte foi um dos dois únicos estados brasileiros a apresentar uma queda na taxa de desemprego, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de desocupação caiu de 10,1% para 8,3%, alcançando o segundo menor índice no Nordeste, ficando atrás apenas do Maranhão entre os nove estados da região.

De acordo com o IBGE, a taxa de desemprego no país no mesmo período foi de 7,4%, registrando uma queda de 0,3 ponto percentual em relação ao trimestre de julho a setembro de 2023 (7,7%) e 0,5 frente ao mesmo trimestre de 2022 (7,9%). O Rio Grande do Norte e o Rio de Janeiro foram os únicos estados a observarem uma redução na taxa de desocupação, enquanto outros estados permaneceram estáveis ou apresentaram aumento.

No Rio de Janeiro, a queda foi de 10,9% para 10,0%, contrastando com o aumento em Rondônia (de 2,3% para 3,8%) e Mato Grosso (de 2,4% para 3,9%). As maiores taxas de desocupação no país foram registradas no Amapá (14,2%), Bahia (12,7%) e Pernambuco (11,9%), enquanto as menores foram em Santa Catarina (3,2%), Rondônia (3,8%) e Mato Grosso (3,9%).

Analisando por sexo e cor ou raça, a taxa de desemprego para homens foi de 6,0%, enquanto para mulheres foi de 9,2%. A diferenciação por cor ou raça mostrou que os brancos apresentaram uma taxa de 5,9%, enquanto os pretos e pardos registraram taxas de 8,9% e 8,5%, respectivamente.

Quanto ao nível de instrução, a taxa de desocupação para pessoas com ensino médio incompleto foi de 13,0%, superando as taxas dos demais níveis de instrução. A subutilização da força de trabalho composta, que inclui desocupação, subocupação e força de trabalho potencial, foi de 17,3%, sendo Piauí o estado com a maior taxa (37,2%).

Os dados também revelaram que 22,3% da população desocupada estava procurando emprego por dois anos ou mais, enquanto 19,9% buscavam trabalho há menos de um mês. Em relação ao tipo de emprego, 73,7% dos empregados do setor privado tinham carteira assinada, variando significativamente entre os estados.

A taxa de informalidade no Brasil foi de 39,1%, com Maranhão, Pará e Amazonas apresentando as maiores taxas, e Santa Catarina, Distrito Federal e São Paulo registrando as menores.