Matéria sobre a economia de Natal. Comércio do Alecrim - Arquivo/NOVO
O trabalhador do Rio Grande do Norte registrou aumento de 9,8% na renda média mensal real em 2024, alcançando R$ 2.448,00, em comparação com os R$ 2.230,00 de 2023. Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) do IBGE indicam que o rendimento potiguar se manteve superior à média do Nordeste (R$ 2.080,00), embora abaixo da média nacional (R$ 3.057,00).
Segundo o IBGE, o avanço contribuiu significativamente para o aumento da massa de rendimento mensal real do trabalho no Rio Grande do Norte, que atingiu R$ 3,9 bilhões em 2024, representando um crescimento de 25,5% em relação ao ano anterior (R$ 3,1 bilhões) – desempenho superior ao observado no Nordeste (18,5%) e à média nacional (11,2%).
Os dados da PNAD Contínua são essenciais para traçar um panorama socioeconômico do estado e orientar políticas públicas voltadas para a melhoria da qualidade de vida da população e a redução das disparidades sociais.
Além disso, o percentual de pessoas com rendimento habitual de trabalho no RN também cresceu, passando de 36,8% em 2023 para 40,2% em 2024, ultrapassando a média do Nordeste (39,5%).
Ainda segundo o IBGE, os homens continuaram a apresentar rendimento médio mensal do trabalho superior ao das mulheres. Em relação a 2023, o rendimento dos homens aumentou de R$ 2.624,00 para R$ 2.955,00, enquanto o das mulheres passou de R$ 2.333,00 para R$ 2.543,00. Ainda que ambas as médias tenham crescido, a diferença entre os sexos se manteve: R$ 411,00 em 2023 e R$ 412,00 em 2024.
“Isso indicou persistência da desigualdade entre os sexos nos rendimentos do trabalho, mesmo com ganhos reais para ambos os grupos no período analisado”, diz o estudo.
Apesar do cenário positivo no aumento da renda média, o relatório do IBGE também destaca a persistência da desigualdade. Em 2024, a renda per capita dos 10% mais ricos no Rio Grande do Norte foi 14,6 vezes maior do que a dos 40% com menor renda. O Índice de Gini, que mede a desigualdade na distribuição de rendimentos, alcançou 0,527 em 2024, indicando um aumento na concentração de renda e colocando o estado na 4ª posição mais desigual do Brasil e na 3ª do Nordeste.
A pesquisa também revelou que, enquanto os rendimentos do trabalho e de programas sociais cresceram, o rendimento médio por aposentadorias e pensões no estado teve uma queda de 5,3%, reduzindo-se de R$ 2.480,00 para R$ 2.349,00 entre 2023 e 2024. Os valores médios recebidos por programas sociais também apresentaram alta de 9,2%, alcançando R$ 803,00.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias