Polícia Civil prende em Natal integrantes de facção especializada em tráfico interestadual

Cotidiano

Crime Polícia Civil prende em Natal integrantes de facção especializada em tráfico interestadual

Denominada Doce Amargo – Acorde Final, a ação da Polícia Civil de Mato Grosso cumpre 25 mandados de prisão e 20 de busca e apreensão em Mato Grosso, Amazonas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Norte

por: NOVO Notícias

Publicado 30 de outubro de 2025 às 12:52

A Polícia Civil de Mato Grosso deflagrou a Operação “Doce Amargo – Acorde Final” nesta quinta-feira (30). Com prisões efetuadas em Natal (RN), a ação busca desarticular uma facção criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas. A operação conclui investigações iniciadas em 2023, que revelaram uma rede de narcotraficantes na baixada cuiabana com ramificações em outros estados.

Ao todo, são cumpridos 25 mandados de prisão preventiva e 20 mandados de busca e apreensão domiciliar. A Justiça também determinou o bloqueio de contas bancárias e o sequestro de veículos dos investigados, que respondem por tráfico de drogas e associação para o tráfico. As ordens judiciais são cumpridas em Cuiabá, Várzea Grande (MT), Tefé (AM), Rio de Janeiro (RJ) e Natal (RN).

As investigações da Delegacia Especializada de Repressão a Narcóticos (Denarc) identificaram uma rede com divisão de funções entre fornecedores, intermediários e distribuidores. O grupo usava locais fixos para armazenamento, conhecidos como “casas-cofre”, e movimentava grandes quantidades de maconha, cocaína e haxixe de forma contínua.

Momento da prisão de suspeito de integrar facção criminosa especializada no tráfico interestadual de drogas em Natal

A análise dos dados mostrou que a facção possuía fornecedores no Rio de Janeiro e no Amazonas. Os investigados também discutiam o transporte de entorpecentes por meio de encomendas pelos Correios. Para movimentar o dinheiro, o grupo utilizava transações via Pix para o pagamento das drogas e ocultação dos valores.

Segundo o delegado responsável pela coordenação da operação, Marcelo Miranda Muniz, a investigação evidenciou a complexidade da facção. “Identificamos coordenadores responsáveis pelas negociações, intermediários que recebiam e repassavam pedidos, distribuidores que mantinham casas-cofre para armazenamento, e operadores financeiros que movimentavam os recursos ilícitos”, detalhou.

De acordo com o delegado titular da Denarc, Wilson Cibulskis, a ação é um passo importante para descapitalizar os criminosos. “Além de retirar entorpecentes de circulação, nosso objetivo é atingir também o patrimônio usado pelos criminosos para manter suas atividades ilícitas”, destacou Cibulskis.

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