O caso pesa no pedido de manutenção da prisão preventiva pelo STF. | Foto: Reprodução

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Justiça Perícia da PF confirma tentativa de romper tornozeleira usada por Bolsonaro

Laudo aponta ação com objeto metálico aquecido; troca do equipamento gera multa de R$ 737 ao GDF, que ainda avalia cobrar o ex-presidente

por: NOVO Notícias

Publicado 24 de novembro de 2025 às 15:26

A perícia da Polícia Federal confirmou que a tornozeleira eletrônica usada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro apresentava sinais claros de tentativa de rompimento. O laudo foi concluído nesta segunda-feira (24) e indica danos provocados por calor intenso, reforçando a própria versão do ex-presidente, que admitiu ter encostado “um ferro quente” no equipamento.

Bolsonaro foi levado à Superintendência da PF em Brasília no sábado (22), após comunicar o dano ao aparelho que estava obrigado a usar por determinação judicial.

Segundo o documento elaborado por peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC), a tornozeleira possui “danos significativos” compatíveis com a aplicação direta de um objeto metálico aquecido. A análise identificou vestígios térmicos concentrados exatamente na área que ficou deformada.

O INC, referência na América Latina, mobilizou especialistas em microvestígios e eletrônica para avaliar se houve violação, identificar o tipo de ferramenta usada e verificar possíveis impactos no funcionamento do dispositivo.

Com a quebra da tornozeleira, o governo do Distrito Federal terá de pagar R$ 737,52 pela reposição. O valor corresponde ao triplo do custo unitário do equipamento, conforme contrato da Secretaria de Administração Penitenciária (Seape) com a empresa fornecedora.

Impacto no processo

Ao votar pela manutenção da prisão preventiva, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, destacou que a violação da tornozeleira foi “dolosa e consciente”. O magistrado também citou episódios anteriores de descumprimento de medidas cautelares desde 2025, afirmando que a conduta demonstra “reiterado desrespeito à Justiça”.

Bolsonaro permanece em uma sala especial na sede da PF, onde recebe visitas de familiares e advogados, enquanto aguarda o julgamento final. Por unanimidade, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) manteve, nesta segunda-feira (24), a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

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