Damares Alves

Senadora Damares Alves - Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

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Crise Oposição entra na Justiça contra novo ministro da Previdência

Senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ingressou com ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra a nomeação

por: NOVO Notícias

Publicado 4 de maio de 2025 às 17:29

A nomeação de Wolney Queiroz como novo ministro da Previdência Social enfrenta resistência da oposição, que aciona a Justiça para tentar barrar a posse. A mudança no comando da pasta ocorreu após a saída de Carlos Lupi, que deixou o cargo na sexta-feira (2) em meio ao escândalo de fraudes bilionárias no INSS.

A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) ingressou com ação popular na Vara Federal do DF contra a nomeação, enquanto o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), pediu à PGR a abertura de investigação e afastamento cautelar de Wolney. Os parlamentares alegam que o novo ministro, então secretário-executivo da pasta, teria sido omisso diante das denúncias de irregularidades.

Enquanto isso, o governo federal concentra esforços no plano de ressarcimento aos aposentados prejudicados pelos descontos irregulares. O ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou ter mantido reunião “altamente produtiva” com Wolney para tratar do tema.

“Neste momento, é crucial avançar na responsabilização dos infratores e na finalização da proposta do Plano de Ressarcimento Excepcional”, declarou Messias. O pacote deve ser apresentado ao Planalto ainda no início da semana, com a participação do INSS e Dataprev.

Wolney Queiroz, em seu primeiro dia como ministro, reconheceu os desafios: “Sei que a tarefa é árdua, mas vou honrar a confiança do presidente Lula e dos aposentados”. Ele já se reuniu com o novo presidente do INSS, Gilberto Waller – apelidado de “xerife” por sua missão de reestruturar o órgão.

As investigações apontam que cerca de R$ 6 bilhões foram desviados por meio de descontos indevidos entre 2019 e 2024, com trabalhadores rurais e indígenas entre os mais afetados. Apesar da troca no comando, a oposição mantém a pressão pela instalação de uma CPMI para investigar o caso.

O governo espera que o anúncio do plano de ressarcimento, previsto para os próximos dias, ajude a conter a crise política gerada pelo escândalo. Paralelamente, a AGU e o Ministério da Previdência trabalham no mapeamento completo dos prejuízos e nos mecanismos para devolver os valores aos beneficiários.

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