A professora da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e atleta de triathlon, Lara Bastos, a única mulher do Rio Grande do Norte a participar da competição Ironman, teve que desistir do sonho de competir no mundial de Ironman que acontece em Nice, na França, por falta de recursos financeiros.

A atleta conta que sua relação com o esporte surgiu ainda quando criança. “Desde cedo iniciei no esporte devido a um problema de asma. Pratiquei o basquete, natação, capoeira. Mas sempre preferia aqueles que tinha que correr”.

Porém, foi em 2014 que Lara conheceu o triathlon e se apaixonou pela modalidade. “Há 10 anos, comecei no Cross-triathlon, onde disputei diversas provas aqui em Natal, em Fernando de Noronha”.

A professora universitária relembra que desde então começou a disputar diversas provas envolvendo o pedal, corrida e a maratona aquática, chegando até a competir internacionalmente.
“Quando viajei para o Chile, disputei uma maratona aquática de seis quilômetros e consegui chegar entre os primeiros lugares. Ao retornar, decidi competir em provas de duathlon – corrida e nado – em João Pessoa, na Paraíba e também em Natal”, relembrou Lara.

Em 2019, competiu sua primeira prova com a marca Ironman. À época disputou a categoria “meio” que consiste em nadar 1900 metros, pedalar 90 quilômetros e correr o equivalente a uma meia maratona, 21 quilômetros.

Lara relembra que essa sua primeira prova foi um momento de realização pessoal. “A prova aconteceu em Maceió, um dos meus grandes objetivos era fazer a prova em até seis horas e eu consegui. Diante do resultado positivo, criei gosto e fui disputar outras provas, em outros lugares”.

Ela relembra que apesar do bom desempenho, na prova seguinte, realizada no Rio de Janeiro, precisou lidar com situações adversas, como o mar agitado, a chuva, o percurso desnivelado estabelecido, mas que conseguiu finalizar todo o percurso.

No ano seguinte, em 2020, decidiu disputar a categoria oficial do Ironman, em Florianópolis. “Essa prova é baseada nos Estados Unidos, então nadamos 3.800 metros, pedalamos 180km e no final corremos uma maratona. Mas, tudo isso não foi possível. Devido à pandemia, a prova foi cancelada”.

Mesmo no período de restrições, Lara relata que continuou treinando e se preparando para as provas. Usava uma bicicleta tecnológica que permitia “pedalar por diversos lugares do mundo” sem sair de casa para ficar se exercitando.

“Em 2022, mantive aceso o sonho de viajar para Cozumel, no México, para competir. Me preparei e viajei com meu marido. Para minha surpresa fiquei em terceiro lugar. Um excelente resultado para quem estava disputando pela primeira vez essa categoria”, contou a atleta.

Contudo, nem tudo é perfeito. Lara conta que passou por um grande trauma no ano de 2023, enquanto morava no Rio de Janeiro, sofreu um assalto e os suspeitos levaram todo o seu material de treino desde tênis, vestimentas, a bicicleta e então resolveu voltar para Natal.

Bastos relembra que apesar de toda dificuldade mantinha o desejo de competir no Ironman Brasil e encarou o desafio, conseguindo terminar em quarto lugar, o que rendeu uma vaga para a edição internacional.

“Com o resultado garanti a vaga do Ironman para mulheres que acontece na França, mas não pude ir devido aos altos custos para participar. Pois, envolve o material de treino, a inscrição que custa muito caro, tudo. É triste”, enfatizou Lara Bastos.

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