O novo espaço de onde será retirada a areia para o aterramento hidráulico da praia de Ponta Negra tem cerca de 4,25 km² e está a uma profundidade que varia de 13,8 e 17,7 metros
Publicado 23 de setembro de 2024 às 15:30
Quase 20 dias após ser suspensa, a obra de engorda da praia de Ponta Negra foi retomada no último sábado (21), um dia após a Prefeitura de Natal decretar estado de emergência em Ponta Negra e parte da Via Costeira em decorrência dos efeitos causados pelo avanço da maré, que chegou a destruir parte da estrutura física de alguns imóveis na costa natalense.
Para a retomada do serviço foi necessária a identificação de uma nova jazida de areia, dado que a utilizada nos primeiros dias de obra continham cascalho, considerado impróprio para esse tipo de ação na praia, o que inviabilizou a continuidade do projeto de acordo com o estava previsto inicialmente.
O novo espaço de onde sairá a areia que deve ser despejada na praia fica localizado em uma área a cerca de 10 quilômetros de distância da costa, praticamente em linha reta partindo do local onde está sendo feita a intervenção de infraestrutura.
A identificação da nova jazida foi feita pela Caruso Soluções Ambientais e Tecnológicas, empresa contratada pela Fundação Norte-Rio-Grandense de Pesquisa e Cultura (Funpec), que por sua vez possui contrato com a Prefeitura de Natal para realizar os estudos técnicos necessários ao andamento da obra do aterro hidráulico, popularmente conhecida como engorda.
O relatório técnico que aponta a nova jazida foi inserido no processo de licenciamento ambiental junto ao Instituto Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente (Idema), e aponta que a área tem uma extensão de 4,25 km², em uma profundidade que varia de 13,8 e 17,7 metros.
“Essa área atende aos requisitos técnicos para a obra de engorda da Praia de Ponta Negra, oferecendo sedimentos adequados para mitigar os intensos processos erosivos que afetam a Praia de Ponta Negra”, diz trecho do relatório produzido pela Caruso.
Os estudos apontam que o volume previsto para ser dragado é de cerca de 1 milhão de metros cúbicos, e de acordo com o relatório juntado ao processo na manhã do sábado (21), a nova jazida supera esse número.