Vacinação contra a gripe foi ampliada para elevar os níveis de imunização no País. Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Vacinação contra a gripe - Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil

Cotidiano

Saúde Natal está em nível de alerta para casos de síndrome respiratória aguda grave, diz Fiocruz

Boletim InfoGripe da Fiocruz aponta crescimento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e idosos

por: NOVO Notícias

Publicado 3 de maio de 2025 às 23:20

O novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado na última esta quarta-feira (30), aponta crescimento expressivo dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em crianças e idosos, impulsionado principalmente pelo vírus sincicial respiratório (VSR) e pelo vírus influenza A. A análise é referente à Semana Epidemiológica 17, de 20 a 26 de abril.

Segundo o levantamento, o aumento das hospitalizações por SRAG atinge níveis de incidência de moderado a muito alto em estados das regiões Norte, Nordeste e Centro-Sul. Crianças pequenas são as principais afetadas pelo VSR, enquanto a mortalidade por influenza A cresce entre os idosos.

A pesquisadora Tatiana Portella, da Fiocruz, afirma que a tendência de alta se mantém nas últimas seis semanas, com destaque para os estados do Amazonas, Mato Grosso do Sul e Pará. Nessas localidades, os casos graves por influenza A atingem níveis moderados a muito altos, especialmente entre idosos.


RN entre os estados com risco elevado

O boletim também lista os estados com sinal de crescimento de longo prazo nas internações por SRAG. São eles: Acre, Amazonas, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Santa Catarina, São Paulo, Tocantins e o Distrito Federal.

A capital potiguar, Natal, está entre as 18 capitais brasileiras com incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco. A maioria dos casos graves é atribuída à circulação do VSR.


Fiocruz recomenda uso de máscara e vacinação contra influenza

A Fiocruz reforça a importância de medidas de prevenção, como o uso de máscaras em locais com aglomeração e unidades de saúde, além da adesão à campanha de vacinação contra influenza para os grupos elegíveis.

Nas últimas quatro semanas, os casos positivos de SRAG foram causados, em sua maioria, por VSR (57%), seguidos por influenza A (21,8%), rinovírus (20,3%) e Covid-19 (3,1%). Entre os óbitos, a influenza A aparece com maior frequência (46,4%).

Em 2025, já foram notificados 45.228 casos de SRAG no país. Desse total, 42,9% tiveram confirmação laboratorial para algum vírus respiratório. O VSR representa 38,4% dos casos positivos, seguido por rinovírus (27,9%) e Sars-CoV-2 (20,7%).

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