Rafael Motta, pré-candidato a prefeito de Natal – Foto: Carlos Azevedo/NOVO

O ex-deputado federal Rafael Motta (PSB) está determinado a ter seu nome nas urnas nas eleições municipais deste ano. Candidato ao Senado Federal em 2022, Motta agora almeja a Prefeitura de Natal, mas para chegar lá precisa superar nomes experientes da política natalense que já se colocaram como pré-candidatos ao cargo, como o ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD), e do deputado federal, ex-vereador e ex-vice-prefeito de Natal, Paulinho Freire (União).

Recentemente, Motta deixou a administração municipal de Natal, onde ocupava o cargo de Secretário de Esporte e Lazer, pouco mais de três meses após ser nomeado. Quando chegou ao governo Álvaro, a expectativa é que ele se tornasse o nome do prefeito para substituí-lo no Palácio Felipe Camarão, mas o que se viu foi a maior atenção de Álvaro Dias destinada à secretária Joanna Guerra, fato que o próprio Rafael Motta reconhece. Ele conversou com o NOVO sobre isso, mas também sobre a aproximação com Fátima Bezerra, um possível diálogo com partidos da base do governo Lula visando a disputa pela Prefeitura de Natal, e o que ele pretende fazer pelos natalenses se for eleito.

Confira a entrevista:

Rafael, você tem insistido que sua pré-candidatura a prefeito de Natal segue de pé. Como você pretende viabilizar esse projeto? É certo que Rafael Motta disputará a Prefeitura?
A nossa candidatura é legítima. Sou presidente estadual de um partido e tenho apoio nacional da sigla. O período é de pré-campanha, de construção e diálogo na busca por viabilizar o projeto. Estamos neste caminho.

O que você acredita que precisa fazer para conseguir disputar de igual para igual com o “preferido” das pesquisas, Carlos Eduardo; com a união de partidos grandes como a de Paulinho; e com a referência da esquerda em Natal, Natália Bonavides?
Eleição se ganha com voto, com convencimento de que aquele é o melhor nome, a melhor opção. Nas pesquisas para Senado, por exemplo, colocavam a gente sempre com pontuações baixas e alcançamos quase 400 mil, ou seja, uma média de 24% dos votos de pessoas que acreditaram no projeto. A disputa está em aberto, vamos buscar o nosso espaço.

O que Rafael Motta tem a oferecer para os natalenses?
Uma gestão moderna, pensada para a população, explorando novas tecnologias. Com atenção a vaga de creches, um transporte público eficiente, UPAs funcionando e bem estruturadas, entre outras ações. Eu fui vereador em Natal, deputado federal por dois mandatos e tenho mestrado em administração pública. Estou preparado para trabalhar ainda mais por Natal. Nesta pré-campanha vamos focar em mostrar isso.

Você desembarcou agora de uma rápida estadia na gestão Álvaro Dias. Ficou a sensação de que essa parceria se encerrou um pouco antes do que poderia. Por que você escolheu deixar o cargo que ocupava?
Expliquei para Álvaro que a decisão de sair antes do tempo de desincompatibilização partidária foi motivada pela necessidade de cuidar do partido, das nominatas. Antes de ser secretário, eu sou presidente de um partido e tenho responsabilidade com a sigla. Somado a isso, temos que cuidar da pré-candidatura.

Você esperava receber mais atenção de Álvaro Dias nas pautas políticas? No início, parecia que ele via você e Joanna Guerra como opções, mas conforme o tempo passou, ele se dedicou bastante a fortalecê-la, mesmo você tendo aceitação melhor nas pesquisas. Isso te incomodou de algum modo?
A gente realmente percebeu que teve uma tentativa de popularizar um nome e conhecimento de quem era a secretária Joanna. Inclusive, ela é uma boa profissional, técnica. Criamos um vínculo e acho que não teve questão de prestígio. Se você é prefeito tem o direito de tentar viabilizar o candidato que quiser, se a viabilidade se concretiza ou não depende de uma série de fatores. Então, não me senti de forma alguma desprestigiado, tanto que tivemos liberdade e espaço com a pasta, entregando obras, trazendo o ministro do Esporte, André Fufuca, o Viva Natal na praia de Miami e tantas outras ações.

Já existe conversas com outros partidos visando alianças para as eleições? Pode citar algum?
Acredito que esse diálogo deve acontecer naturalmente. Principalmente entre os partidos que dão sustentação ao presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin para se chegar em um entendimento. Temos que pensar mais coletivamente para se chegar em um nome competitivo.

Há alguma chance de, em alguma dessas alianças, você topar compor chapa como vice?
Estamos em um momento de anúncio e fortalecimento da pré-candidatura a prefeito. Até o período das convenções teremos tempo suficiente para apresentarmos nosso nome e ideias para a Natal que queremos, buscando sempre o diálogo com os partidos, inclusive, para possíveis nomes que possam ocupar o cargo de vice-prefeito (a) compondo o grupo.

Até as eleições de 2022, você estava muito próximo do governo Fátima Bezerra, sendo parte da base na Câmara. Qual a chance de uma reaproximação agora?
Nunca me distanciei de Fátima. Ajudei ela nas eleições passadas e continuo fazendo entregas de emendas ao Governo do Estado, ajudando e torcendo para o nosso estado se fortalecer cada vez mais. Recentemente, inclusive, estivemos juntos entregando equipamentos para segurança pública. Da minha parte, entregamos motonáuticas para o Corpo de Bombeiros, que auxiliaram de imediato na Operação Verão montada pelo Governo do Estado.

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