Pedido de suspensão do Brasileirão seria estendido a todas as outras competições de futebol no Brasil. Foto: Ale Torres/Staff Images Woman/CBF
Pedido de suspensão do Brasileirão seria estendido a todas as outras competições de futebol no Brasil. Foto: Ale Torres/Staff Images Woman/CBF

O Ministério do Esporte, por meio do ministro André Fufuca, entrará em contato com a CBF para pedir a suspensão do Campeonato Brasileiro, o Brasileirão, nas categorias masculina e feminina por conta das tragédias causadas pelas chuvas e enchentes no Rio Grande do Sul. Sem entrar em mais detalhes, Fufuca afirmou que a ideia é, neste momento, direcionar esforços e o auxílio às comunidades atingidas e contribuir para a recuperação do estado. Até o momento, foram 107 mortes confirmadas, além de 136 desaparecidos.

Assim, o Ministério do Esporte pretende colaborar com as autoridades estaduais e municipais e organizações esportivas para prestar apoio às ações de socorro e reconstrução.”

“Iremos pedir a CBF. Acho que deveria ser paralisado. É um prejuízo humanitário de um lado e esportivo também. Parar por 2 semanas seria razoável. Enviaremos ofício nesta sexta-feira para a CBF, nos colocando a disposição para dialogar e encontrar um caminho conjunto”, disse André Fufuca por meio de uma nota oficial

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Apesar da iniciativa do Ministério do Esporte, a suspensão do Brasileirão só pode ser confirmada pela CBF. Fontes da entidade indicam que há poucas chances do pedido ser atendido. Nessa semana, a confederação adiou os jogos das equipes do sul até o dia 27 de maio. A Conmebol, por sua vez, postergou as partidas da semana que vem e irá analisar o caso semana a semana.

“É hora de concentrar esforços no apoio às vítimas, na reconstrução das áreas afetadas e na mitigação dos impactos causados pela tragédia. A dimensão humana precisa vir antes da esportiva. A preocupação maior é com a integridade física e psicológica dos atletas, torcedores e demais envolvidos”, completou Fufuca.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) confirmou, na última terça-feira (7), o adiamento de todas as partidas envolvendo clubes gaúchos por todas as competições nacionais, incluindo três das quatro divisões do Campeonato Brasileiro masculino, feminino e Sub-20, além da Copa do Brasil.

A decisão se deu por conta dos efeitos das fortes chuvas que atingem o Rio Grande do Sul, incluindo alagamentos em diversas cidades e danos causados aos estádios, centros de treinamento e o Aeroporto Internacional Salgado Filho, em Porto Alegre.

As diretorias de Inter e Grêmio pediram ajuda a outros clubes para pressionar a CBF pelo adiamento total da competição. Não houve, entretanto, unanimidade entre os dirigentes sobre o assunto.

O único a se pronunciar publicamente favorável a isso foi o presidente do Atlético-MG, Sérgio Coelho. Ao todo, serão afetadas três rodadas da Série A do Campeonato Brasileiro.

A CBF consultou todos os presidentes de clubes da Série A. Não houve consenso sobre a paralisação total da competição. O problema é que os jogos serão remarcados para Datas Fifas, quando jogadores estão convocados para Seleções nacionais.

Com a paralisação parcial, somente dos gaúchos, não serão todos os times afetados com desfalques na reposição desses confrontos que serão adiados. Houve a sugestão da CBF para que Inter, Grêmio e Juventude treinassem e jogassem em outro estado, a opção dada prioritariamente foi Curitiba, no Paraná, mas os três clubes rejeitaram.

Informaram que seus jogadores não poderiam ficar longe de suas casas e familiares em meio à tragédia, e também que haveria desvantagem técnica em atuar como mandante em campos neutros. A CBF também adiou partidas de Ypiranga, São José e Caxias, pela Série C, e de Novo Hamburgo, Avenida e Brasil de Pelotas pela Série D. Isso já ocorreu no último final de semana.

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