Ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro – Foto: Joédson Alves/EFE

Enquanto respondia perguntas de seguidores nos stories do seu perfil no Instagram neste domingo (16), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro foi questionada sobre onde estariam os móveis do Palácio da Alvorada – de acordo com a Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) do governo Lula, 83 mobílias não foram localizadas após a troca de gestão presidencial. Em vídeo, a presidente do PL Mulher indicou que os itens podem estar em dois lugares: ou no depósito 5 do Palácio da Alvorada ou no depósito da Presidência. “Existe esse depósito [da Presidência] com várias cadeiras, mesas, sofás, quadros, e você pode fazer esse rodízio”, explicou.

Michelle continuou dizendo que, quando a ex-primeira-dama Marcela Temer, esposa de Michel Temer, lhe apresentou o Alvorada em 2018, elas conversaram a respeito: “Ela me falou dessa possibilidade [do depósito] e da possibilidade de eu trazer os meus móveis, da minha casa, e utilizá-los no Alvorada”.

A esposa de Jair Bolsonaro disse, ainda, que dormiu durante seis meses na cama do Palácio, até que sua mudança chegou do Rio de Janeiro e ela fez a troca dos móveis. “Eu fiquei seis meses dormindo na cama do Alvorada, cama que outros presidentes usaram, com certeza. No segundo semestre de 2019 a minha mudança chegou, até a pedido da minha filha Laura, que queria que nós fizéssemos uma sala com os móveis da nossa casa no Rio de Janeiro. Então, nós tiramos os móveis, esses móveis foram para o depósito, eu coloquei os móveis do meu quarto e os móveis da sala. Então, que fique bem claro que os móveis que saíram do quarto e da sala eram os móveis da minha casa no Rio de Janeiro, assim como eu mostro nos registros de Natais, de momentos em família, e eu tenho como provar”, explicou.

Michelle Bolsonaro também sugeriu que o presidente Lula e a atual primeira-dama, Janja, estão mentindo sobre o sumisso dos móveis e não querem usá-los. “Existe um setor chamado ‘Setor de Patrimônio’, que fiscaliza e cuida de todos os móveis do Palácio da Alvorada. Não é dessa forma, não é assim como eles estão colocando. Os móveis estão lá. Só que, infelizmente, os que pregam a humildade, a simplicidade, não querem viver no simples. [Ficam] zombando e brincando com o dinheiro do contribuinte. Nós ficamos por quatro anos no Alvorada. Nós não fizemos nenhuma licitação de enxoval. Não tinha toalha, não tinha roupas de cama decentes. Eu usei os meus lençóis na minha cama e na cama de visitas para não fazer licitação, porque eu entendi o momento que nós estávamos vivendo”, afirmou.

Por fim, a ex-primeira-dama sugeriu que fosse aberta uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre o caso. “Eu sugiro a CPI dos móveis do Alvorada”, finalizou em tom irônico.