GLO contra o crime organizado será restrito ao Porto do Rio de Janeiro, de Santos e de Itaguaí e aos Aeroportos do Galeão e de Guarulhos. Foto: Ricardo Stuckert/PR
GLO contra o crime organizado será restrito ao Porto do RJ, de Santos e de Itaguaí e aos Aeroportos do Galeão e de Guarulhos. Foto: Ricardo Stuckert/PR

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciou nesta quarta-feira (1º) uma operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos de Santos, Rio de Janeiro e Itaguaí; e aeroportos do Galeão e de Guarulhos até maio de 2024. O objetivo é combater o crime organizado.

“Um dado concreto é que chegou a uma situação muito grave. A violência que temos assistido tem se agravado a cada dia que passa e resolvemos tomar uma decisão fazendo com que o governo federal participe ativamente com todo potencial que tem para ajudar o governo dos Estados e o Brasil a se liberar do trafico de drogas, das quadrilhas e do tráfico de armas”, disse Lula.

Em rede social, o presidente Lula listou as medidas que serão implementadas. Confira:

As medidas listadas pelo presidente são:

1⃣ Decreto de Garantia da Lei e da Ordem restritas ao Porto do Rio de Janeiro, de Santos e de Itaguaí, além dos Aeroportos do Galeão e de Guarulhos. Tudo isso com atuação das Forças Armadas em articulação com a Polícia Federal.

2⃣ Exército e Aeronáutica fortalecerão imediatamente as ações relativas à faixa de fronteira do Brasil com outros países. Com foco no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul.

3⃣ A Marinha ampliará a atuação, junto à Polícia Federal, na Baía de Guanabara, Baía de Sepetiba, acessos marítimos ao Porto de Santos e Lago de Itaipu.

4⃣ Comitê de acompanhamento integrado por Forças Armadas e Polícias Federais, funcionando sob coordenação do Ministério da Justiça e Segurança Pública e do Ministério da Defesa.

5⃣O @mjspgov e o @DefesaGovBr apresentarão plano de modernização tecnológica para a atuação da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Penal Federal, Exército, Marinha e Aeronáutica, visando melhorar a atuação em portos, aeroportos e fronteiras.

6⃣ A PF ampliará as ações de inteligência e as operações de prisões e apreensões de bens pertencentes às quadrilhas e milícias, especialmente no Rio de Janeiro.

7⃣ Reforço de efetivos e equipamentos, com mobilizações extras na Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal e Força Nacional, em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná.

8⃣ A PRF e a Força Nacional manterão os efetivos extras que já estão atuando no policiamento ostensivo no Rio de Janeiro, nas rodovias federais.

9⃣ O Ministério da Justiça e Segurança Pública, em conjunto com o Governo do Estado do Rio de Janeiro, vai implantar o CIFRA (Comitê Integrado de Investigação Financeira e Recuperação de Ativos), visando enfraquecer o poder financeiro das quadrilhas.

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Além do presidente, participaram do anúncio o ministro da Casa Civil, Rui Costa; o ministro da Defesa, José Múcio; o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; o ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa; o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta; o comandante da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; e da Aeronáutica, tenente-brigadeiro do Ar Marcelo Damasceno; e o diretor da Polícia Federal, Andrei Passos.

No mês passado, o Rio de Janeiro viveu caos na segurança após a morte de um miliciano em confronto com a Polícia Civil. Na ocasião, pelo menos 35 ônibus foram incendiados em retaliação à ação da polícia. Desde então, o governo federal reforçou efetivos da Força Nacional no Estado e intensificou operações da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Polícia Federal.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, já havia afirmado que o governo negociava internamente a atuação das Forças Armadas para fortalecer o combate ao crime organizado. O ministro antecipou que poderia haver um reforço desses oficiais em áreas sob poder federal, como é o caso de portos, aeroportos e fronteiras. Na ocasião, Dino descartou a possibilidade de intervenção federal.

Veja abaixo a explicação do ministro Flávio Dino sobre como funcionará a operação de cooperação federal no estado do Rio de Janeiro:

O governo Lula tem sido criticado por sua atuação na área. Segundo pesquisa do Instituto Atlas feita de 20 a 25 de setembro, a segurança é a área temática do governo federal, com pior avaliação entre os eleitores. No mês passado, o governo lançou um programa de combate às organizações criminosas em meio à crise na Bahia e no Rio.

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