Bolsonaro passou por exames médicos na Superintendência da PF, em Brasília. | Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

Cotidiano

Justiça Defesa pede a Moraes autorização para cirurgia “com máxima urgência” de Bolsonaro

Exames apontaram duas hérnias inguinais; médicos recomendam internação hospitalar fora do sistema prisional

por: NOVO Notícias

Publicado 15 de dezembro de 2025 às 14:18

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorização para a realização urgente de uma cirurgia. O pedido foi protocolado após exames feitos no domingo (14), na Superintendência da Polícia Federal (PF), em Brasília, onde Bolsonaro está preso.

De acordo com os advogados, exames de ultrassonografia identificaram duas hérnias inguinais, com indicação médica de procedimento cirúrgico imediato. Segundo a defesa, a cirurgia não pode ser realizada em ambiente prisional.

O procedimento recomendado é uma herniorrafia inguinal bilateral, com anestesia geral e necessidade de internação hospitalar. O tempo estimado de permanência no hospital é de cinco a sete dias, com indicação para o Hospital DF Star, na capital federal.

Exames e laudos médicos

Segundo a defesa, o médico responsável pelo acompanhamento de Bolsonaro, Cláudio Birolini, elaborou novo relatório médico reiterando a urgência da cirurgia. O laudo destaca que o procedimento é o único tratamento definitivo para o quadro diagnosticado.

No sábado (13), Moraes autorizou a entrada de um médico na cela onde Bolsonaro cumpre pena, com uso de um aparelho de ultrassom portátil, para confirmar a suspeita de hérnia inguinal bilateral. A autorização atendeu a um pedido feito pela defesa na última quinta-feira (11).

A hérnia inguinal ocorre quando parte do intestino ou tecido abdominal se desloca por uma abertura na região da virilha. O problema pode causar inchaço, dor e desconforto, especialmente durante esforços físicos.

Situação processual

Bolsonaro está preso desde 22 de novembro na Superintendência da PF. Inicialmente, cumpria prisão preventiva relacionada a medidas cautelares, como uso de tornozeleira eletrônica. Após o trânsito em julgado da ação penal sobre a trama golpista, em 25 de novembro, passou a cumprir pena em regime fechado.

Antes de autorizar o exame, Moraes havia determinado que a Polícia Federal realizasse uma perícia médica oficial no prazo de 15 dias, após considerar que documentos anteriores apresentados pela defesa eram antigos. O prazo da perícia ainda está em curso.

Mesmo assim, os advogados afirmam que os novos exames atualizam o quadro clínico e reforçam a necessidade de autorização imediata para a cirurgia e para a permanência hospitalar pelo tempo necessário à recuperação.

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