COLUNA NOVO DIREITO

E-commerce cresce, mesmo depois da pandemia

Renato Guerra, Professor, Doutorando em Administração Pública (Universidade de Lisboa), Mestre em Direito (UFRN) e Advogado do Carvalho, Costa, Guerra & Damasceno Advocacia (renatoguerra@ccgd.adv.br)

Recentemente, a Organização Mundial de Saúde (OMS) decretou o fim do estado de emergência de saúde pública internacional em razão da pandemia da covid-19. A notícia, esperada por todos, parece encerrar um capítulo triste da nossa história. Para além das perdas humanas, alguns aspectos da nossa vida cotidiana foram totalmente modificados, transformados, e um deles com certeza foi o mercado consumidor, especialmente o varejo.

Antes, o comum era dirigir-se a uma loja física para olhar de perto um produto e só então adquiri-lo; hoje, o mais prático parece ser a pesquisa em sites de internet e a compra através de um simples clique, com entrega rápida na própria residência. Nos anos de 2020 e 2021, durante os picos da pandemia, todos experimentaram do e-commerce, alguns por curiosidade ou vontade, outros porque não havia alternativa e renderam-se aos deliverys e às plataformas on-line. Em 2022, com o retorno mais evidente das atividades presenciais, o mesmo e-commerce já foi se reinventando, para não perder espaço no contexto de retomada.

Para esse ano, 2023, a expectativa ainda é de crescimento, mesmo depois do “fim” da pandemia. Espera-se um crescimento de 10% e a movimentação de mais de R$ 180 bilhões. Sinais de que “a moda pegou”! Noutras palavras, o consumidor parece ter adotado um novo estilo de compras, adotando como prática costumeira a aquisição de produtos em marketplace, itens que vão desde os eletrônicos mais comuns, como celulares e notebooks, até os mais cotidianos, como utensílios domésticos e alimentos; tudo hoje se pode comprar pela internet e receber em casa.

Com isso, a mensagem que o mercado nos dá, em resposta ao nosso próprio comportamento, é que o e-commerce veio para ficar, facilitando a nossa vida e otimizando os serviços para o consumidor dessa década.