Crise Carlos Eduardo Xavier condena “tarifaço” dos EUA e alerta para impacto na economia potiguar

O secretário da Fazenda do Rio Grande do Norte, Carlos Eduardo Xavier, condenou nesta quinta-feira (10) o anúncio do presidente americano Donald Trump sobre uma sobretaxa de 50% aos produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos. A medida vai começar a valer a partir de 1º de agosto. A taxação pode afetar até 70% da produção potiguar destinada ao mercado externo.

“A proposta pode ter um impacto devastador em setores-chave do estado, como o de frutas, granito, pescado e, principalmente, o de sal marinho, ameaçando milhares de empregos e a estabilidade de importantes cadeias produtivas”, disse o secretário. Ele destacou que a dependência do mercado norte-americano é crítica para alguns setores.

Segundo ele, a tarifação tornaria o produto potiguar menos competitivo, podendo levar à paralisação de contratos.

Diante desse cenário, Carlos Eduardo Xavier fez um apelo à união da classe política do Rio Grande do Norte. Ele ressaltou a necessidade de a bancada federal a se mobilizar para proteger os empregos e a economia local. “Essa medida precisa ser combatida com firmeza pelo estado brasileiro, defendendo a soberania nacional”, solicitou o secretário.

Cenário de exportações

O alerta ocorre em um momento de bom desempenho das exportações potiguares. Entre janeiro e maio de 2025, o estado exportou US$ 67,138 milhões (cerca de R$ 369 milhões na cotação atual do dólar), valor que supera todo o ano de 2024, com US$ 67,1 milhões.

Os derivados de petróleo somaram US$ 23,9 milhões desse total. Além deles, o sal, frutas como melões e melancias, e os óleos combustíveis são produtos importantes na pauta de exportações do RN para os EUA.

Já com as importações, o Rio Grande do Norte comprou US$ 26,7 milhões dos Estados Unidos.

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