Brasileiras foram presas na Alemanha no dia 5 de março. Foto: Reprodução/Redes Sociais
Brasileiras foram presas na Alemanha no dia 5 de março. Foto: Reprodução/Redes Sociais

As duas brasileiras que foram presas na Alemanha após terem suas malas trocadas por bagagens contendo drogas foram liberadas pela Justiça alemã nesta terça-feira (11). Jeanne Paolinie e Kátyna Baía foram presas quando desembarcaram em Frankfurt em 5 de março e passaram mais de um mês na prisão.

O pedido de soltura foi aceito após autoridades brasileiras enviarem provas que atestaram a troca de bagagens por uma quadrilha formada por funcionários terceirizados do aeroporto de Guarulhos. A prisão das brasileiras foi um caso emblemático que expôs a vulnerabilidade dos sistemas de segurança nos aeroportos.

As duas mulheres embarcaram no Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, com destino a Berlim, na Alemanha, com escalas planejadas em Guarulhos (SP) e Frankfurt (Alemanha). No entanto, foram detidas pela polícia alemã por suspeita de tráfico de drogas quando chegaram em Frankfurt.

Na fila de embarque da escala, elas foram presas porque havia 40 quilos de cocaína nas malas com etiquetas que continham seus nomes. No entanto, as investigações realizadas no Brasil mostraram que as malas não pertenciam a elas, mas foram trocadas por funcionários terceirizados responsáveis por deslocar as bagagens até os aviões durante a escala em São Paulo.

A prisão das brasileiras chamou a atenção para a vulnerabilidade dos sistemas de segurança nos aeroportos, segundo a superintendente da Polícia Federal em Goiás, Marcela Rodrigues. Embora haja uma atuação permanente da Polícia Federal dentro dos aeroportos, o caso das brasileiras evidencia a necessidade de uma revitalização desses sistemas de segurança.

O caso também expôs o esquema de troca de bagagens de uma quadrilha que agia em Guarulhos, retirando etiquetas de bagagens despachadas por passageiros inocentes e colocando-as em outras que continham drogas. A operação deflagrada pela Polícia Federal no Brasil levou à prisão de seis pessoas suspeitas de envolvimento no esquema.