Coordenador do Mais RN, José Bezerra Marinho

O planejamento estratégico para o desenvolvimento do Rio Grande do Norte sempre foi o foco do MAIS RN. O programa que, ao longo dos anos, desempenhou o papel de nortear ações estratégicas passa por mudanças no formato – do impresso para o digital – e na abordagem, agora bem mais voltada para atuar junto à iniciativa privada a fim de colocar o empresariado no centro das ações.

Lançado em 2014, como um mapa de oportunidades de negócios, potenciais econômicos e ações prioritárias, em âmbito público e privado, o MAIS RN listava uma série de ações e metas para viabilizar, em 20 anos, um novo patamar de crescimento econômico do Rio Grande do Norte. O projeto orientava políticas públicas e investimentos, dedicando um capítulo “Estado eficiente” para ações de infraestrutura e gestão pública de modo a criar um ambiente de negócios competitivo.

No ano passado, o programa lançou a versão digital com o Mais RN 4.0 e, em meio a pandemia de Covid-19, lançou mão de recursos e plataformas digitais de Power BI (Businesse Inteligence), com a criação de um Observatório de indicadores multidisciplinares capazes de mostrar em que patamar de desenvolvimento o RN se encontra, e ganhou espaços de debate junto aos empresários, com o Mais RN em Ação, que trouxe as Salas de Situação.

Para o Observatório, foi criado um conjunto de dashboards com dados e indicadores, de diversas fontes – como emprego, desemprego, arrecadação pública, ICMS, PIB per capita do Município, PIB da Indústria, PIB dos Serviços, análise da evolução do emprego, evolução da indústria -, que se correlacionam e podem ser atualizados para dar um panorama geral e sistematizado sobre determinado cenário ou setor da economia.

Durante a pandemia, em 2020, o Mais RN se destacou com a criação de um Núcleo de Planejamento que processou o Plano de retomada das atividades econômicas no RN, no processo de reabertura do estado após o período de isolamento social, com elaboração de protocolos de biossegurança.

O coordenador do Mais RN, José Bezerra Marinho, destaca que o programa tem se consolidado como um centro de integração de informações, tratamento de dados, produção e difusão de conhecimento que permitem atrair investimentos para o Rio Grande do Norte. “O MAIS RN atua para o fortalecimento das indústrias atuais e atração de novos empreendimentos. Então, esse convênio vai contribuir para fortalecer essa atuação”, afirma.

O gerente do Mais RN, Pedro Albuquerque, explica que o objetivo sempre foi ser um norteador de ações públicas e privadas para fazer o estado crescer. “Um programa capaz de conciliar agendas públicas e privadas, em um grande Pacto. A nova versão digital coloca o Mais RN como um canal de transparência para a população”, disse.

O programa dispõe de um acervo de iniciativas com potencial de desenvolvimento no estado e agendas setoriais, como o turismo, a mineração, o setor eólico e de energias renováveis, o setor de petróleo e gás, pecuária, fruticultura.

Mais RN em Ação

O MAIS RN em Ação, iniciado na pandemia e aplicado por segmento econômico com as chamadas Salas de Situação, que reúnem empresários de determinada cadeia econômica para debater, junto com a FIERN, sobre demandas, soluções e orientar ações para impulsionar o setor. “Isso faz com que a FIERN se torne um centro de inteligência para a economia privada. Com isso, o foco do MAIS RN passa a ser o empresário e suas demandas. Uma vez que o empresário é a solução para a retomada da economia do RN, não o setor público”, observa Pedro Albuquerque.

O MAIS RN passa a ser proativo na busca por empresários para ouvir a demanda, processar a solução e entregar resultados, além de manter a característica inicial da pesquisa e diagnóstico.

Hoje o Mais RN trabalha junta as cadeias de geração de Energias, Têxtil e confecção, Infraestrutura, Parque tecnológico, Pesca, Pecuária, Mineração, Turismo e Fruticultura. Na Sala de situação é apresentado, aos empresários de cada setor, uma agenda síntese, que é atualizada com ações prioritárias e propostas para fomentar o setor, além de reunir os parceiros necessários para viabilizar a implementação.

Este ano serão lançadas novas Salas de Situação, como as de Turismo, Mineração, Indústria de Inovação e Tecnologia.