O processo de aprendizagem é o fundamento do desenvolvimento humano. Porém, diferente do que alguns possam crer, esse desenvolvimento é sempre resultado das somas realizadas a cada dia e não de substituições. Afinal, a aprendizagem é um processo, acima de tudo, dialético.
Isso significa dizer que, por exemplo, ao estabelecer um diálogo este não deve ser encarado como uma luta na qual uma pessoa tem sempre que vencer. Não. O processo de aprendizagem revela que, ao contrário do que diz essa crença limitante que nos fecha em nós mesmos, o contato com o outro é o que nos permite ampliar o horizonte reflexivo para a compreensão e construção da realidade, por meio da exposição de argumentos capazes de estimular a reflexão.
Não por acaso a aprendizagem é baseada em três palavras que começam com A: autoestima; autocrítica; e autossuperação.
O primeiro A, de autoestima, é para muitos como desafiador por pressupor um olhar criterioso sobre sei mesmo para reconhecer o que se é, pois, é a partir dessa primeira análise que são estabelecidas as condições para a identificação do que já sabemos, no que somos bons e o que devem ser consideradas como forças na caminhada diária. Sim, esse processo de autoconhecimento leva – ou ao menos deve levar – ao segundo “A”, de autocrítica.
Da mesma forma que devemos ser capazes de identificar pontos positivos em nós mesmos, também se faz necessário o desenvolvimento da habilidade de reconhecimento dos pontos a serem melhorados, porque se tem algo certo nesta vida é que não sabemos quase nada do que aí está, mas, ao mesmo tempo, há um infinito de possibilidades para fazê-lo.
A análise dos pontos positivos, negativos, forças e fraquezas de cada indivíduo, nada mais é do que o uso da matriz Swot, do acrônimo formado pelas palavras em inglês strengths, weanesses, opportunities and threats.
As matrizes são instrumentos utilizados por organizações dos mais variados segmentos no planejamento estratégico por permitirem a análise de mercados a partir do cruzamento de informações qualitativas e quantitativas dos objetos de observação. A Swot é considerada a mais simples das matrizes e permite a avaliação de variáveis controláveis e incontroláveis do produto que, neste caso, é o indivíduo.
Portanto, aos que realmente querem aprender e fazer algo legitimamente autêntico, incluindo o desenvolvimento da própria vida, é preciso seguir o que diz do professor Clóvis de Barros Filho (veja aqui) e ter brio. Os que não o têm, ainda parafraseando o professor, se restringem à preguiça e covardia de encarar o trabalho de melhorar a capacidade de pensamento.
E esse é o único caminho do terceiro “a” que fundamenta a aprendizagem, o da autossuperação que, como o nome sugere, é um processo no qual não há espaço para atalhos. O trabalho exige esforço, mas, o resultado é recompensador.
