Ao participar, nesta quinta-feira, presencialmente, da CPI da Covid no Senado, Jean Paul Prates sugeriu que os trabalhos da comissão se estendam para que os membros possam ouvir aqueles que conseguiram se livrar de comparecer à comissão.

“A CPI da Covid tem prazo já estabelecido para acabar. Mas não pode deixar de lado crimes que estão surgindo nas investigações. Defendo que, se necessário, prorroguemos os trabalhos para ouvir quem tenta escapar de depoimentos como aconteceu nesta quinta-feira”, disse o parlamentar.

Jean Paul Prates se referia ao diretor da Prevent Senior, que não compareceu à audiência e ainda ameaçou médicos que denunciaram a empresa, segundo contou o senador do RN. “Mas não podemos deixar escapar. Vamos chegar a todos que acharam que poderiam ganhar dinheiro com a tragédia dos brasileiros na pandemia”, afirmou.

Segundo o senador, “algumas pessoas parecem não compreender que a CPI da Covid vai, sim, chegar a culpados e atribuir responsabilidades pelas quase 600 mil mortes”. “A Prevent Senior ameaça os trabalhos da CPI e a comunidade médica. Não vamos aceitar ameaças e intimidações!”, garantiu.

Essa semana, Jean Paul Prates alertou para as desculpas que já foram dadas pelos faltosos da CPI, relatando uma por uma as justificativas apresentadas. “Estou vendo com muita preocupação esse novo hábito de se perder dias aqui. Porque desde que o momento que se deu indicativo de 23 de setembro (para encerramento da CPI) teve formigamento, teve dor pélvica, teve convite em cima da hora… Isso se soma a outros casos anteriores: Wizard nos EUA, Maximiano na Índia”, comentou.

Para o senador Jean, a preocupação é de derretimento da lista de potenciais convocados e, portanto, ele ressaltou, esse prazo de 23 de setembro para a CPI da Covid não pode ser “terminal”. “Poderá ser adiado até novembro, sim”, afirmou.