Relator da CPI da Covid na Assembleia Legislativa do RN, o deputado Francisco do PT falou com exclusividade à coluna Daniela Freire, publicada neste sábado no impresso do Novo Notícias, a respeito da mais recente e polêmica sessão da comissão até agora, realizada na última quarta-feira (6), e afirmou que o silêncio do secretário-executivo do Consórcio Nordeste, Carlos Gabas, na comissão, garantido através de habeas-corpus, “foi um equívoco”. “Ele poderia ter prestado uma contribuição ao responder às perguntas”, disse o deputado.

Já com relação às declarações de Kelps Lima, presidente da CPI, de que há indícios claros de roubo nos contratos dos respiradores, Francisco avaliou: “Se ele já sabe disto e tem provas, precisa dizer ao povo potiguar quem roubou”.

O relator, que confirmou ter tido acesso a parte de documentos sigilosos envolvendo a compra de respiradores, citados por Kelps,considera que “está patente” que houve, sim, um golpe praticado por uma empresa contra os estados, mas critica o que classifica como um “pré-julgamento” que estaria sendo feito pela presidência da comissão na Assembleia.

“Afinal, a CPI como instrumento de investigação deve buscar os fatos e ao final oferecer ao povo potiguar a verdade. Prefiro fazer algum juízo de valor sobre estes processos quando tiver acesso ao conjunto e ao final das oitivas”, avaliou.