Flopou Qual será o ‘acordão’ que reuniu sete governadores de direita em torno de Bolsonaro, neste domingo, em SP?

Não foi sem propósito o apoio de sete governadores de direita à movimentação de Jair Bolsonaro, neste domingo, em São Paulo, para pedir anistia ao ex-presidente – usando o discurso em prol da soltura dos golpistas do 8 de janeiro.

O próprio Bolsonaro publicou a imagem do encontro em suas redes sociais, registrando que “representa 117,1 milhões de brasileiros, cerca de 58% da população” – pode ser, mas nem uma ínfima parte disso aí apareceu na Avenida Paulista para endossar o coro de anistia do ex-presidente.

Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR), Jorginho Mello (PL-SC), Wilson Lima (União-AM) e Mauro Mendes (União-MT) marcaram presença.

Sabe-se que é muito provável que dali saia o candidato a presidente representando a extrema-direita nas eleições de 2026, sendo que um deles está inelegível. Justamente o que consegue angariar os votos necessários para uma disputa contra a provável reeleição de Lula.

Portanto, somente um acordo firmado durante conversas fechadas entre esses postulantes e Bolsonaro permitiu a presença deles no ato deste domingo. Entre os 7 governadores presentes, quatro são fortes concorrentes à vaga de candidato de Bolsonaro: Tarcísio de Freitas, Ronaldo Caiado, Ratinho Júnior e Romeu Zema.

Veja o que diz a reportagem do Brasil de Fato

Brasil de Fato

Articulações bolsonaristas para 2026 👀❗

O ato liderado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) hoje (6), para pedir anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro, reuniu ao menos 7 governadores bolsonaristas que defendem perdão aos condenados.

Em registro publicado nas redes sociais, Bolsonaro, atualmente réu no STF por tentativa de golpe de Estado, posou ao lado de Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Ronaldo Caiado (União-GO), Romeu Zema (Novo-MG), Ratinho Júnior (PSD-PR), Jorginho Mello (PL-SC), Wilson Lima (União-AM) e Mauro Mendes (União-MT).

Desses, 4 são cotados como possíveis nomes para candidatura a presidente em 2026 e disputam 1 possível apoio de Bolsonaro. São eles, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; o de Goiás, Ronaldo Caiado; o de Minas Gerais, Romeu Zema; e Ratinho Júnior do Paraná.

Freitas, que publicamente afirma ser candidato à reeleição para o Palácio dos Bandeirantes, foi o único governador a discursar no palanque bolsonarista.

Em sua fala, o chefe do executivo paulista defendeu que “pedir anistia não é 1 heresia, é algo justo”, após citar leis de concessão de anistia desde a época colonial e dizer que o perdão aos condenados pelos atos golpistas seria uma forma de “pacificar o Brasil”.

Bolsonaro, por sua vez, utilizou o palanque para defender a própria inocência. Inelegível até 2030 por decisão do TSE, o ex-presidente falou em 1 eventual candidatura para 2026.

“Eleições 2026 sem Jair Bolsonaro é negar a democracia, escancarar a ditadura no Brasil. Se o voto é a alma da democracia, a contagem pública do mesmo se faz necessária”, disse em alusão ao sistema eleitoral, alvo reiterado da extrema direita, sobre o qual não há qualquer prova de fraude.

“Quanto à anistia, eles já perderam essa guerra. A grande maioria do povo brasileiro entende as injustiças […]”, discursou Bolsonaro.

Entretanto, a afirmação de que a maioria dos brasileiros é favorável à anistia para os condenados do 8 de janeiro não encontra respaldo em pesquisas. Um levantamento da Quaest divulgado hoje aponta que 56% da população é contrária ao perdão aos golpistas.

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