O ex-secretário de Planejamento do RN, hoje diretor de Planejamento do Banco do Nordeste, Aldemir Freire, comemorou o crescimento de 9,8%, até o último dia de julho em comparação ao mesmo período do ano anterior, da atividade industrial no RN. “O crescimento é maior do que aquele registrado para o Brasil (-0,4%) e para o Nordeste (-4,2%). Os dados são do IBGE”, escreveu no seu perfil no X, antigo Twitter.

É a maior taxa de crescimento entre os estados brasileiros no acumulado de 2023. Durante o mês de julho, o RN também se destacou a nível nacional, registrando um impressionante crescimento de 50,7% em relação ao mesmo mês de 2022. “PIB do RN caminha para ter um desempenho em 2023 melhor que o do Brasil. Uma parcial do crescimento dos principais setores da economia do Rio Grande do Norte no período janeiro-julho: indústria (9,8%), serviços (7,0%) e comércio (1,8%). Dados do IBGE”, assinalou Aldemir.

Essas conclusões provêm de uma análise conduzida pelo Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), baseada em dados fornecidos pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Banco do Nordeste (BNB) alocou um total de R$ 119,4 milhões para o setor no estado potiguar nos primeiros sete meses do ano. A instituição de desenvolvimento regional está a um passo de atingir a previsão orçamentária para o ano, estipulada em R$ 134,6 milhões.

De acordo com Jeová Lins de Sá, superintendente do BNB, a instituição está plenamente preparada para atender à demanda por crédito do setor. “Estamos em estreita colaboração com a Federação das Indústrias do Rio Grande do Norte (Fiern) e, diante deste crescimento, temos planos de mais do que dobrar os recursos em 2024. Na reunião setorial de programação do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) que ocorrerá na quinta-feira, dia 28, na CDL Natal, pretendemos fechar e anunciar este número”, revela.

A atividade industrial no Rio Grande do Norte vem apresentando um crescimento praticamente ininterrupto ao longo do ano, marcando alta pelo sexto mês consecutivo. Segundo análise do IBGE, esse avanço é atribuído ao desempenho positivo da atividade de derivados do petróleo, que registrou um crescimento de 20,8% no ano. A indústria de transformação no Estado, com um aumento de 18,8%, também evidenciou progresso em outras atividades, incluindo alimentos (18,3%) e confecções (5,1%).

O IBGE também ressalta uma queda significativa de -20,1% na indústria extrativa. Para uma análise detalhada, o estudo completo está disponível gratuitamente no Informe Macroeconômico número 108, acessível no espaço do Etene no portal do Banco do Nordeste.

Boas previsões

Aldemir Freire aproveitou para comemorar outro dado importante para a economia do RN: o aumento do emprego formal. “Com 5.975 empregos formais gerados em agosto, o Rio Grande do Norte acumula 15.376 empregos com carteira assinada ao longo dos primeiros 8 meses de 2023. Duarante a gestão da governadora Fatima Bezerra já são 68.105 empregos formais”, escreveu.

O diretor de Planejamento do BNB disse ainda que tem uma expectativa de que “nos 8 anos da gestão da governandora serão gerados 130 mil empregos formais no estado”.