Bancada independente da CMN
Bancada independente da CMN – Foto: Elpídio Júnior

Com o advento da nova bancada independente da Câmara Municipal de Natal (CMN), começou a se ventilar na cidade a possibilidade de a bancada de oposição conseguir emplacar a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito (CEI) para investigar possíveis irregularidades da Prefeitura do Natal nas ações de combate à pandemia do novo coronavírus. Contudo, a nova formação do Palácio Frei Miguelinho não está disposta a mudar tão bruscamente seu posicionamento, e conta apenas com Anderson Lopes (SDD) como favorável à abertura do procedimento, posição que ele já havia assumido antes da formação da bancada.

O NOVO entrou em contato com os seis vereadores integrantes da bancada independente para saber a opinião deles sobre o assunto. Três deles, Milklei Leite (PV), Eribaldo Medeiros (PSB) e Tércio Tinôco (PTB), responderam de forma uníssona, no sentido de que a instalação da CEI da Covid neste momento é precipitada e não cabe a assinatura.

“Não é hora de se pensar nisso. O grupo está se reunindo para avaliar as questões de forma geral da cidade. Estamos atentos às pautas e discussões, mas isso – CEI da Covid – não está sendo cogitado dentro do grupo”, diz Milklei Leite.

O vereador Eribaldo Medeiros considera imaturo pensar na CEI da Covid neste momento. Ele disse que se coloca como vereador independente por ver diversas pautas que considera importantes para a população e que não estão sendo atendidas pela administração municipal e considera que a CEI da Covid neste momento pode atrapalhar o trabalho do município no combate à pandemia.

O vereador Tércio Tinoco diz que apesar de ter desembarcado da bancada de situação, o grupo não é de oposição, mas independente, e vai analisar e votar favorável sempre que as pautas forem para benefício da população, bem como será contrária ao que prejudicar o povo. Contudo, apoiar a instalação da CEI hoje é uma decisão precipitada.

Líder da bancada independente, o vereador Hermes Câmara (PTB), entende que as investigações devem ser feitas, mas não pela Câmara.

Eu considero que essa questão da CEI é muito complexa. Particularmente, considero que as investigações cabem aos órgãos competentes – polícias, ministério público, controladoria – que devem se voltar para as investigações. Nós, enquanto poder legislativo, temos que fiscalizar, e caso ocorra comprovação de irregularidades pelos órgãos competentes, cabe o posicionamento do nosso poder. Mas a adesão a CEI não está sendo cogitada de nossa parte“, diz Hermes Câmara.

A redação tentou contato por telefone com o vereador Klaus Araújo mas a ligação não foi atendida.