Secretário Vágner Araújo - Foto: Reprodução
O secretário municipal de Planejamento de Natal, Vagner Araújo, e outros 11 políticos brasileiros que estavam retidos em Israel iniciaram nesta segunda-feira (16) o deslocamento para deixar o país. O grupo ficou retido por cinco dias desde o início da escalada de tensão com o Irã. A atualização foi repassada pelo tesoureiro da Confederação Nacional de Municípios (CNM), Nélio Aguiar, que integra a comitiva.
Por questões de segurança, detalhes sobre o horário e o trajeto da comitiva não foram divulgados previamente. Segundo informações repassadas por Aguiar, a comitiva ultrapassou a fronteira por ônibus e já está na Jordânia. O grupo se desloca para outro ponto, de onde pegará um avião para retornar ao Brasil.
A CNM articulou a saída junto ao Governo Federal e à Embaixada da Jordânia. A entidade solicitou apoio das autoridades locais para a travessia dos gestores brasileiros. A confederação informou que mantém contato permanente com o grupo e segue prestando todo o suporte necessário.
A expectativa é de que nove dos integrantes embarquem a partir da Arábia Saudita. Entre eles, está o prefeito de Belo Horizonte, Álvaro Damião, do União Brasil. Os demais ainda serão realocados em voos com apoio do governo de Israel.
O secretário Vagner Araújo faz parte de uma comitiva de 18 brasileiros e representantes de outros países da América Latina. O grupo viajou em 9 de junho, a convite do governo local, para conhecer sistemas de tecnologia em diversas áreas.
Antes de iniciar a viagem de retorno ao Brasil, o secretário relatou a tensão vivida após novos bombardeios na madrugada de segunda-feira (16). Segundo ele, as pessoas já começavam a demonstrar sinais de exaustão.
“Algumas pessoas já estão vindo dormir no abrigo, direto. Não querem mais ficar tendo que acordar na madrugada para vir, nem ficar com a psicose de esperar alarme a qualquer momento”, disse. Ele acrescentou que outros já não seguiam o primeiro aviso de alerta, indo ao abrigo apenas no último aviso.
Naquela noite, de acordo com Araújo, aproximadamente 90 mísseis foram lançados contra Israel. “A maior parte foi interceptada. Mas como chegam muitos de uma vez o sistema não consegue dar conta de todos e termina passando alguns”, explicou. “Hoje ouvimos as explosões mais fortes (de dentro do abrigo) desde que começou”, relatou o secretário, que permaneceu abrigado em um campus universitário desde o início do conflito.
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