A 30ª Conferência das Partes (COP30), que acontece pela primeira vez na Amazônia, se estende até o dia 21 de novembro e reunirá delegações de 194 países e da União Europeia, além de mais de 50 mil visitantes
A Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que acontece em Belém (PA), marca um momento decisivo para o futuro climático global. Serão duas semanas de intensas negociações envolvendo cerca de 50 mil participantes, entre diplomatas, líderes, ativistas, cientistas e empresários, para definir os rumos da ação climática mundial.
As discussões da Cúpula de Líderes já indicaram o tom político das negociações que guiarão a conferência: acelerar a transição energética, ampliar o financiamento climático e proteger as florestas tropicais. Esses eixos devem nortear as decisões e compromissos assumidos nas próximas semanas.
Nesse contexto, o Centro de Estratégias em Recursos Naturais e Energia (CERNE) anuncia sua adesão à carta conjunta elaborada pela Global Renewables Alliance (GRA), voz internacional do setor privado de energia renovável que reúne associações e empresas da indústria global, que será entregue à Presidência da COP30. O documento reúne o apoio de empresas e associações representativas do setor de energias renováveis no Brasil e no mundo, defendendo políticas robustas para a transição energética e uma governança climática baseada em ciência, estabilidade regulatória e compromisso social.
A carta ressalta a importância de expandir as redes de transmissão, incentivar a descarbonização industrial e estimular investimentos internacionais em energias limpas, alertando para os riscos de políticas que possam recarbonizar a matriz elétrica brasileira, em um momento em que o país é reconhecido como referência global em energias renováveis.
O CERNE assina o documento representando os empreendimentos e entidades setoriais atuantes nos estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí, Pará, Pernambuco, Paraíba, Maranhão e Amapá, região que a instituição denomina “Brasil Equatorial” — um território estratégico tanto pelos seus recursos naturais quanto pela posição geográfica e vocação para a economia verde.
Segundo o presidente executivo do CERNE, Darlan Santos, a carta reafirma o compromisso das entidades signatárias com uma transição energética justa e integrada. “O Brasil Equatorial reúne as melhores condições naturais e humanas para liderar a eletrificação da indústria e a digitalização da economia com base em energia limpa”, afirma.
“Nossa contribuição à COP30 é levar a visão de uma região que já vive a transição energética de forma concreta, mostrando que o desenvolvimento sustentável é possível e competitivo”, destaca o ex-senador Jean Paul Prates, chairman do CERNE e autor do Marco Legal da Energia Offshore e da Lei do Hidrogênio
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