Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a recepção oficial dos Chefes de Delegação da Cúpula do Clima (COP30). Parque da Cidade – Belém (PA) Foto: Ricardo Stuckert / PR
Em evento preparatório para a COP30, presidente criticou o que chamou de ‘interesses egoístas’ e afirmou que forças extremistas fabricam inverdades para obter ganhos eleitorais
Publicado 6 de novembro de 2025 às 13:09
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou, nesta quinta-feira (6), que “interesses egoístas e imediatos preponderam sobre o bem comum” quando o assunto é preservação ambiental. A declaração foi feita durante o discurso de abertura da sessão plenária da Cúpula do Clima em Belém, evento preparatório para a COP30.
Lula destacou a necessidade de superar dois “descompassos”. O primeiro, segundo ele, é a desconexão entre os debates diplomáticos e o mundo real. “As pessoas podem não entender o que são emissões ou toneladas métricas de carbono, mas sentem a poluição”, afirmou.
O segundo problema apontado foi o distanciamento entre o contexto geopolítico e a urgência climática. Para o presidente, “forças extremistas fabricam inverdades para obter ganhos eleitorais e aprisionar as gerações futuras a um modelo ultrapassado”.
O presidente também cobrou que menos recursos sejam destinados a fins de guerra e mais para a proteção ambiental. Ele argumentou que as rivalidades e os conflitos armados desviam a atenção e os recursos que deveriam ser usados no enfrentamento do aquecimento global. “Justiça climática é aliada do combate à fome e à pobreza”, disse.
Lula ressaltou a importância de realizar a conferência na Amazônia. “Pela primeira vez na história, uma COP do Clima terá lugar no coração da Amazônia. No imaginário global, não há símbolo maior da causa ambiental do que a floresta amazônica”, afirmou o presidente.
O presidente defendeu que os países precisam se afastar dos combustíveis fósseis e reverter o desmatamento. Ele lembrou que foram necessárias 28 conferências para reconhecer essa necessidade. “Estou convencido de que, apesar das nossas dificuldades e contradições, precisamos de mapas do caminho para, de forma justa e planejada, reverter o desmatamento”, concluiu.
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