Ecossistema Local de Inovação vai auxiliar o setor da construção civil potiguar - Foto: Jaqueilton Gomes/NOVO

Economia

Inovação Construção civil potiguar avança em inovação na busca por soluções para problemas do setor

Uma parceria entre o Sebrae e Sinduscon-RN trouxe ao Rio Grande do Norte o Ecossistema Local de Inovação da Construção Civil (ELI) Construção Civil que vai buscar soluções para dificuldades do setor

por: NOVO Notícias

Publicado 5 de novembro de 2025 às 20:15

A construção civil do Rio Grande do Norte está ganhando um aliado nas lutas do setor contra as dificuldades que surgem com o avanço do tempo. Lançado nesta quarta-feira (5), o Ecossistema Local de Inovação da Construção Civil (ELI) Construção Civil é uma ferramenta que surge de uma parceria entre o Sebrae no Rio Grande do Norte e o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte (Sinduscon-RN). 

O ELI já está instalado em alguns setores da iniciativa privada e pública, e no Rio Grande do Norte encontrou no Sebrae um meio de auxiliar o ecossistema de negócios de variados setores. Sua função é desenvolver empresas e setores econômicos, desembarcando agora na construção civil, por meio da parceria com o Sinduscon-RN. 

Através de workshops com a sociedade, poder público e empresas, o ELI tem a função de fazer um diagnóstico e buscar soluções de inovação tecnológica para fomentar o setor. O objetivo é melhorar o ambiente de negócio da construção civil, abordando problemas como mão de obra, agilidade no processamento de projetos, tramitação e execução de obras, entre outras dificuldades que as empresas possam encontrar, inclusive de ordem administrativas, resultando em um processo de melhoria contínua. 

Sérgio Azevedo, presidente do Sinduscon-RN, explicou em termos claros e objetivos o que essa nova ferramenta vai fazer pela construção civil. 

“Basicamente, o ELI faz um diagnóstico do setor, depois ele faz cinco workshops, em que convidamos a sociedade de uma forma geral, o poder público e as empresas, para que eles possam contribuir com soluções e ações de inovação tecnológica que consigam fomentar o setor da construção civil”, detalhou Azevedo. 

O presidente do Sinduscon-RN aponta cinco pontos que vão nortear o trabalho do ELI. São cinco metas que foram levantadas pelo comitê gestor para serem alcançadas em um ciclo definido de dois anos. As metas podem ser vistas como pontos de dificuldades para o setor, que Azevedo chama de “dores” a serem solucionadas. 

“Nós temos até 2027 para implantar essas cinco metas, que foram construídas nos workshops”, explica. Ele completa dizendo que, conforme essas dores forem sendo solucionadas, o grupo pode apontar novas metas a serem superadas. “A gente vai precisar esperar dois anos para construir novos? Não. Todas as vezes que a gente entender que um desses temas já foi solucionado, nós vamos substituir por outro”, completa Sérgio Azevedo, presidente do Sinduscon-RN. 

Os cinco pontos a serem trabalhados pelo ELI Construção Civil passam pelos seguintes temas: mão de obra; BIM (Building Information Modeling); desenvolvimento de novas tecnologias; agilidade no processamento de projetos; tramitação e execução de obras. 

A constituição do ELI Construção Civil passa pela parceria importante do Sebrae-RN, que viu neste modelo uma possibilidade de alavancar o setor local. Zeca Melo, superintendente do Sebrae-RN, explicou como a instituição colabora com essa iniciativa.

“Nós somos os grandes parceiros na construção desse Ecossistema Local de Inovação com a Construção Civil. Nós acreditamos que – com o ELI – além de você criar uma oportunidade de inovação para as empresas locais, que é o mais importante, você constrói um sistema mais inclusivo, mais participativo. Essa é uma parceria que envolve bancos, órgãos de controle, como o Corpo de Bombeiros, a sociedade civil e, claro, as empresas para a gente construir junto um sistema que possa beneficiar não apenas o empresário, mas a sociedade como um todo”, destaca Zeca Melo. 

Roberto Serquiz, presidente da Federação das Indústrias do Estado do RN (Fiern), pontuou o avanço do modo de trabalho da construção civil e como a instalação do ELI contribui para esse movimento. 

“A construção civil, historicamente, utilizou a mão de obra pela força física, e, agora, estamos em uma mudança, uma nova fase, pelos próprios avanços tecnológicos que chegam. Então, esse momento aqui é o momento em que a inovação começa a ser fomentada no setor da construção civil no estado. A inovação hoje não é mais uma escolha, é uma necessidade”, disse Serquiz.

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