Transporte público de Natal - Arquivo/NOVO
Para evitar novo fracasso na licitação, prefeitura estuda ampliar subsídio. Edital prevê espera média de 12 minutos nos pontos de ônibus e renovação da frota. Nova tarifa só será definida após a conclusão do processo.
Publicado 23 de setembro de 2025 às 13:10
A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana de Natal (STTU) está trabalhando para lançar o edital de licitação do transporte público da capital até outubro. A informação foi confirmada pela secretária da pasta, Jódia Melo, que detalhou as últimas etapas para deflagrar o processo licitatório.
O edital está sendo elaborado com a consultoria da Associação Nacional de Transporte Público (ANTP). A STTU e a consultoria estão tratando de todos os pontos levantados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), com foco especial no equilíbrio financeiro do sistema. “A prefeitura [de Natal] busca agora criar um modelo mais sustentável”, disse a secretária, em entrevista à rádio 98 FM.
O principal empecilho à licitação, segundo a secretária, é a questão financeira. Atualmente, Natal subsidia o sistema com 5% do valor. A tarifa técnica é de R$ 5,14, mas o usuário paga R$ 4,90. A diferença é coberta pelo município. Para que a nova licitação seja bem-sucedida, será necessário ampliar esse subsídio. Jódia Melo citou exemplos de outras cidades, como Brasília e Goiânia, que subsidiam 75% e 66% do sistema, respectivamente.
“A licitação tem dois objetivos centrais. O primeiro é garantir a segurança jurídica da operação, que funciona de forma precária há mais de 20 anos. O segundo, e principal para o usuário, é a melhoria na frequência dos ônibus. O edital foi calculado para que o tempo médio de espera nas paradas seja de 12 minutos, com um tempo máximo de 30 minutos nos pontos mais desfavoráveis”, detalhou a secretária.
No entanto, a secretária admitiu a possibilidade de um aumento do valor da tarifa, mas descartou que isso aconteça ainda em 2025. “A STTU estuda a possibilidade de manter a tarifa ou de haver um pequeno aumento, talvez para R$ 5,10”, disse. Os cálculos finais serão concluídos junto à ANTP em outubro, e qualquer mudança só ocorrerá após o início da operação do novo sistema, em 2026.
Após a contratação, as novas operadoras terão um prazo de seis meses para realizar a transição e começar a operar com 100% da capacidade. Esse período será fundamental para que as empresas realizem os investimentos exigidos na frota, que deverá ter uma idade média de seis anos e idade máxima de doze anos, uma renovação significativa em relação à frota atual, cuja idade média é de quase onze anos.
Receba notícias em primeira mão pelo Whatsapp
Assine nosso canal no Telegram
Siga o NOVO no Instagram
Siga o NOVO no Twitter
Acompanhe o NOVO no Facebook
Acompanhe o NOVO Notícias no Google Notícias