O corpo de Zaíra Cruz foi encontrado dentro do carro de Pedro Inácio no carnaval de 2019 - Foto: Reprodução

Zaíra Cruz foi encontrada morta dentro no carnaval de 2019 - Foto: Reprodução

Cotidiano

Justiça Caso Zaira: júri começa nesta segunda com acesso restrito a familiares da vítima e do réu

Zaira Cruz, de 22 anos, foi encontrada morta em março de 2019, no município de Caicó; policial militar é acusado de estuprar e matar a jovem

por: NOVO Notícias

Publicado 30 de maio de 2025 às 15:36

Nesta segunda-feira (2), a justiça potiguar começa a julgar o homicídio da jovem Zaira Cruz, que foi encontrada morta no dia 2 de março de 2019, em Caicó, durante o período de Carnaval. A sessão do Tribunal do Júri está marcada para começar às 8h, no Fórum Miguel Seabra Fagundes, em Natal, e será restrita a familiares da vítima e do réu, o policial militar Pedro Inácio Araújo, acusado de estuprar e matar a jovem.

A previsão é que a sessão de julgamento se estenda até a sexta-feira (6), e 22 depoimentos devem ser ouvidos. O processo conta com 7 mil páginas e, inicialmente, tramitou na 3ª Vara da Comarca de Caicó, mas a defesa do réu solicitou a transferência do julgamento para a Natal, alegando dúvidas sobre a imparcialidade do júri na região do Seridó, devido à repercussão do caso.

A restrição de presença na sessão, que comumente é pública, se deve ao caráter sigiloso do processo. De acordo com o Tribunal de Justiça do RN (TJRN), a iniciativa tem por finalidade evitar aglomerações no momento da sessão de julgamento que possam, de algum modo, colocar em risco a segurança dos presentes e o desenvolvimento dos trabalhos.

“Por se tratar de um processo que tramita em segredo de justiça, e para preservar a dignidade da vítima e demais dados sensíveis sobre o caso, o acesso ao julgamento está limitado a familiares da vítima, Zaira Dantas Silveira Cruz, e do réu, Pedro Inácio Araújo”, diz trecho do comunicado emitido pelo TJRN.

Além do réu, servidores, e depoentes, a justiça autorizou a participação de seis pessoas. Estarão presentes na sessão de julgamento a mãe, o pai, a irmã da vítima, uma psicóloga do Núcleo de Apoio às Vítimas de Violência Letal e Intencional do Ministério Público do RN, a mãe do réu e um acompanhante.

Considerando o sigilo de justiça, a 2ª Vara Criminal de Natal proibiu também o acesso de profissionais de imprensa, inclusive os da Secretaria de Comunicação Social do próprio TJRN, ao Salão do Júri durante a sessão de julgamento.

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