O caso mais recente foi a queda de um girocóptero em Grossos, na Costa Branca potiguar, ocorrida no dia 21 de abril deste ano

Cotidiano

Levantamento Acidentes aéreos causaram nove mortes no RN desde 2015

Nos últimos 10 anos, o estado do RN registrou 48 ocorrências aeronáuticas; em quatro delas houve vítimas fatais

por: NOVO Notícias

Publicado 28 de abril de 2025 às 12:51

Desde 2015, o Rio Grande do Norte registrou nove mortes em acidentes aéreos. Os dados são do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), que contabilizou 48 ocorrências no estado ao longo da última década. Dessas, sete foram classificadas como acidentes graves e quatro resultaram em mortes.

O caso mais recente foi a queda de um girocóptero em Grossos, na Costa Branca potiguar, ocorrida no dia 21 de abril deste ano. A aeronave caiu na Praia de Areias Alvas e matou o piloto Flavius Neves, de 66 anos, e o aluno de pilotagem Geraldo Francisco da Silva, de 42. Equipes do Cenipa e do Instituto Técnico-Científico de Perícia (Itep) vistoriaram os destroços no dia 23, como parte da investigação do acidente.

Ainda segundo o Cenipa, as ações iniciais da apuração foram realizadas pelo Segundo Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa II), com sede em Recife (PE). A investigação busca identificar fatores contribuintes e prevenir novas ocorrências, sem atribuição de culpa ou responsabilidade penal.

O órgão explicou que, durante a ação inicial, são aplicadas técnicas específicas por profissionais qualificados e credenciados, responsáveis pela coleta e confirmação de dados, preservação dos elementos, verificação inicial dos danos causados à aeronave ou pela aeronave, e pelo levantamento de outras informações necessárias à investigação.

“A conclusão dessa investigação ocorrerá no menor prazo possível, dependendo sempre da complexidade da ocorrência e, ainda, da necessidade de descobrir os possíveis fatores contribuintes. Quando concluído, o Relatório Final será publicado no site do CENIPA, acessível a toda a sociedade”, detalhou o órgão.

A maior parte das ocorrências registradas no RN foi considerada de menor gravidade. Dos 48 casos, 39 foram classificados como “incidentes”, quando não há danos substanciais à aeronave nem ferimentos graves.

A principal causa registrada foi “falha ou mau funcionamento de sistema ou componente da aeronave”, com 12 registros, sendo um acidente e 11 incidentes.

Em seguida, aparece “falha do motor em voo”, com oito casos – um acidente, três incidentes graves e quatro incidentes. Ocorrências por “colisão com ave” também se destacaram, com sete registros.
Outros tipos de acidente registrados no estado envolvem “perda de controle em voo”, “colisão no solo” e “operação a baixa altitude”. Cada uma dessas causas foi responsável por um acidente nos últimos dez anos.

Em 5 de junho de 2022, um helicóptero a serviço da Companhia Hidroelétrica do São Francisco (Chesf) caiu em um açude em Currais Novos após colidir com uma linha de transmissão. Morreram o piloto Juberson Coelho Coimbra, de 65 anos, e os inspetores Robson Deusdette de Melo Araújo, de 35, e Francisco Wilson da Silva, de 52.

Em 7 de novembro de 2021, um ultraleve caiu durante a decolagem em São José de Mipibu. As vítimas foram o instrutor Carlos Moura e o passageiro Ryan Müller Belém Rodrigues, de 23 anos.

Outro acidente fatal ocorreu em 4 de abril de 2015, quando um monomotor caiu em Ceará-Mirim. As vítimas foram o piloto e instrutor Kellinson Vasconcelos, de 38 anos, e o proprietário da aeronave, Guilherme Hobus, de 52. A aeronave, de modelo experimental, havia sido montada no estado.

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