Venezuela acusa EUA de “pirataria internacional” após apreensão de petroleiro; Washington diz que carga violava sanções. | Foto: Reprodução
O governo da Venezuela acusou os Estados Unidos de cometer “roubo descarado” e “pirataria internacional” após forças norte-americanas apreenderem um navio petroleiro na costa venezuelana. A operação ocorreu na quarta-feira (10) no Mar do Caribe, segundo nota divulgada pelo Ministério das Relações Exteriores venezuelano.
A interceptação foi realizada por equipes do FBI, do Serviço de Imigração e Controle de Alfândegas (ICE) e da Guarda Costeira. Para Washington, o petroleiro transportava petróleo sujeito a sanções internacionais e, por isso, poderia ser apreendido.
A Venezuela afirma que a ação faz parte de uma “política de agressão” do presidente norte-americano Donald Trump, que teria o objetivo de “saquear recursos energéticos” do país. Já a Casa Branca declara que combate o narcotráfico e que a apreensão faz parte desse esforço.
O governo de Nicolás Maduro também diz que a operação teve motivação política e buscou “ofuscar” a cerimônia do Prêmio Nobel da Paz em Oslo, onde María Corina Machado, líder da oposição, foi homenageada. O discurso foi lido pela filha da ativista, que criticou o governo venezuelano. No mesmo dia, Trump confirmou a apreensão do navio e afirmou a jornalistas que se tratava de um “petroleiro muito grande”.
Apesar do aumento das tensões, a Venezuela exportou mais de 900 mil barris de petróleo por dia em novembro, a terceira maior média mensal do ano. Após a apreensão, contratos futuros da commodity registraram alta.
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