Sistema Financeiro Nordestino registrou saldo de operações de crédito de R$ 821,1 bilhões em maio de 2024. Setores de Serviço e Construção lideram criação de novos postos de trabalho no Rio Grande do Norte
Publicado 5 de agosto de 2024 às 15:45
O comércio varejista do Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 1,68% de janeiro a maio de 2024 em comparação com o mesmo período do ano passado.
Além disso, o estado alcançou um saldo positivo de 8.416 empregos formais, representando uma variação de 1,7%. Entre os estados do Nordeste, o Rio Grande do Norte se destacou com um crescimento significativo no setor de Serviços, que gerou 8.746 novos postos de trabalho.
Esse desempenho coloca o estado entre os que mais geraram empregos na região, ao lado da Bahia, Pernambuco e Ceará.
Segundo análise do Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene) divulgada no final de julho, os dados refletem o crescimento regional, que foi impulsionado pelo aumento no consumo das famílias, elevação do rendimento médio real e processo de desinflação. A demanda por crédito também acompanhou esse movimento de crescimento econômico.
O Sistema Financeiro Nordestino registrou um saldo de operações de crédito de R$ 821,1 bilhões em maio de 2024, o que representa crescimento de 10,6% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. Este aumento foi superior ao observado em âmbito nacional, onde o crédito cresceu 9,2% no mesmo período.
Para Ana Paula Medeiros Vieira, Coordenadora de Ciclo de Crédito da Central Sicredi Nordeste, na instituição financeira cooperativa, “os segmentos de Comércio e Serviços lideraram a procura, representando 89% da carteira de crédito de pessoa jurídica em maio de 2024, com operações totalizando R$ 1,9 bilhão. Um aumento de 22% em relação ao ano anterior”.
No comércio, o crescimento econômico nordestino tem sido percebido na oferta de crédito para supermercados, lojas de móveis e eletrodomésticos, e de materiais de construção. Segundo o Sicredi, essas empresas buscam financiamento principalmente para capital de giro, expansão e modernização, e compra de equipamentos.
Os recursos têm sido aplicados para a criação de novas lojas, renovação do espaço físico, investimento em tecnologia, e-commerce e marketing. “Quase 70% da carteira de crédito de pessoa jurídica está concentrada, nos últimos 30 meses, com as seguintes médias: Capital de Giro com 45% da carteira de crédito, Energias Renováveis com 11%, Rotativos com 7% e Financiamento de Veículos com 6%”, complementa Ana Vieira.
No setor de serviços, as principais necessidades são investimentos em tecnologia, treinamento e também na geração de capital de giro. A instituição tem percebido um aumento nos projetos que buscam adquirir softwares especializados, sistemas de gestão empresarial (ERP) e desenvolvimento de plataformas digitais.
“Atender a essas necessidades de crédito é crucial para o crescimento e a sustentabilidade das empresas nos setores de comércio e serviços na região Nordeste. Essa é a melhor forma de se contribuir para o desenvolvimento econômico local e regional”, finaliza a especialista.
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